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O Crossroads foi um dos bares que adotou a proibição antecipadamente: cartazes avisam sobre a lei | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
O Crossroads foi um dos bares que adotou a proibição antecipadamente: cartazes avisam sobre a lei| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Em SP e Rio, Justiça derruba proibição

As leis que proíbem a instalação de fumódromos em bares, restaurantes e casas noturnas vêm sendo contestadas na Justiça, com sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo.

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Desde a zero hora de hoje, os cinzeiros de bares e casas noturnas de Curitiba foram para o armário. Já está em vigor a lei municipal que proíbe que os cigarros sejam acesos – e tragados – em ambientes fechados na capital. A Lei Municipal 13.254 proíbe o uso de cigarros, cachimbos e charutos e outros produtos fumígenos em locais fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes, casas noturnas, shoppings e outros. A exemplo das leis aprovadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a da capital paranaense exclui a possibilidade de os estabelecimentos instalarem fumódromos. Os comerciantes estarão sujeitos a multa de R$ 1 mil.

Apesar de a lei ter entrado em vigor à zero hora de hoje, alguns empresários já se anteciparam. Nos bares Crossroads e Matriz & Filial, ambos na Avenida Iguaçu, no bairro Água Verde, as "noites sem fumo" começaram no último fim de semana. "Comecei pra valer no fim de semana. De maneira geral o pessoal aceitou bem, porque o assunto já estava há algum tempo na mídia, mas sempre tem as exceções", comenta o proprietário dos bares, Ales­sandro Reis. "Tem as exceções, o pessoal que vai fumar no banheiro, que finge que não tinha visto os avisos. Avisamos na entrada e fizemos uma sinalização com cartazes."

Reis se diz favorável à lei, mas avalia que os estabelecimentos deveriam ter a possibilidade de instalar fumódromos – pela lei, os fumantes terão de deixar os bares para dar suas tragadas e muitos estabelecimentos trabalham com fichas de consumação. "No meu caso, tenho música ao vivo, investi para fazer o isolamento acústico. Vai ficar complicado, porque as pessoas terão de ir para a rua. Na sexta-feira, tentei limitar o número de pessoas que saíam, mas não deu certo. No sábado fiz esquema de pulseirinha, mas já falaram que estávamos discriminando."

Na casa noturna Santa Re­­pública, em Santa Felicidade, o cigarro seria banido à meia-noite, segundo o proprietário, Marlon Gasparin. "O pessoal já vinha ficando em alguns lugares restritos. A partir da meia-noite, acaba", disse ontem. "Acredito que não teremos problemas. Temos a possibilidade de fazer área aberta fora da estrutura da casa, só controlando o acesso."

Gilmar Silva, dono do Rodeo Country Bar, no bairro Cabral, também já mandou sinalizar a casa. "Vamos colocar nos três telões da casa que é proibido fumar, já estamos avisando há mais de um mês", afirma. "Quem for pego fumando vai ser convidado a se retirar, se não aceitar vamos chamar a polícia." Silva também defendeos fumódromos. "Apoiar (a lei) eu não apoio, mas vou respeitar. Apoiaria se deixassem os fumódromos. Se o governo deixa vender cigarro e cobra impostos sobre a venda, deveria deixar fumar também."

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