O número de casos confirmados de microcefalia cresceu 4,9% em uma semana e já atinge 1.168 casos. Os dados são de novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (20).
Entre os casos confirmados, 192 são de bebês que tiveram resultado positivo para o vírus zika em exames, o que indica a possibilidade de uma infecção congênita (transmitida de mãe para filho), a qual pode estar associada ao quadro.
Os casos também são investigados para outras causas possíveis, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, entre outros. O Ministério da Saúde não divulgou o resultado das análises.
A pasta defende, no entanto, que a maioria dos casos está ligada ao zika. Além dos exames, parte das mães relata ter tido sintomas de zika na gestação.
Na última semana, o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla inglês) anunciou que seus cientistas chegaram à conclusão que o vírus, identificado no Brasil no início de 2015, causa microcefalia e outros graves defeitos nos cérebros de bebês.
O comunicado diz que a conclusão não foi baseada em “uma única evidência”, mas no volume de estudos recentes indicando a associação entre zika e microcefalia. Outras pesquisas também estão sendo realizadas no país para analisar as possíveis causas.
Outros casos
Ao todo, foram notificados 7.150 casos de suspeita de microcefalia em bebês desde outubro de 2015, quando iniciaram as investigações, até o dia 16 de abril.
Deste total, 1.168 casos foram confirmados e 2.241 descartados após exames. O descarte ocorre quando não há sinais de alterações no cérebro do bebê ou quando o quadro não está ligado a uma infecção congênita, mas a fatores hereditários ou uso de drogas, por exemplo. Os demais casos (3.741) permanecem em investigação.
Boletim aponta ainda 240 mortes de bebês com suspeita de microcefalia e outras alterações -51 são de crianças que já tiveram o quadro confirmado. Em outras 30, a suspeita foi descartada.
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