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O proprietário das clínicas da Comunidade Libertad, que trabalham com recuperação de toxicômanos e alcoolistas, Moacir Mansur Maru, foi preso na última segunda-feira (26). Ele foi condenado a três anos e oito meses pelos crimes de estelionato e apropriação indébita. O mandado de prisão foi expedido pela Vara de Execuções Penais de Porto Alegre (RS), onde Manur morava antes de se mudar para Londrina, no Norte do Paraná. Os centros da comunidade também estão sendo investigados sob suspeitas de maus-tratos.

O promotor de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, Paulo Tavares, não soube dar detalhes sobre o processo que levou à condenação. Segundo ele, no momento da prisão, Manur alegou acreditar que a situação já havia sido resolvida antes de ele se mudar para Londrina. O proprietário das clínicas deve ser transferido para Porto Alegre para o cumprimento da pena.

Conforme afirmou Tavares, o mandado só foi descoberto após a abertura de uma investigação contra Maru originada de uma denúncia. A mãe de um paciente alega que seu filho foi agredido por seguranças dentro da clínica. A unidade, de acordo com a denúncia, também não realiza procedimentos de tratamento preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos de saúde mental.

Em Londrina, o promotor determinou que entidades e órgãos municipais façam uma inspeção nos centros. A Libertad possui três clínicas em Londrina. "Quero saber como são as condições de cada um dos locais", disse o promotor. A presidente do Conselho Municipal de Álcool e Drogas (Comad), Claudia Fazenda, disse que já havia recebido uma denúncia de maus-tratos apresentada por um conselheiro. Segundo ela, na época, a orientação foi para que a denunciante fizesse registro de ocorrência na polícia e se apresentasse ao Comad. "Mas ela acabou não aparecendo", disse.

Segundo Cláudia Fazenda, hoje pela manhã, o Comad deve se reunir com a Vigilância Sanitária e o Centro de Atendimento à Saúde Mental para fazer inspeção e tomar conhecimento da situação das três clínicas. Os pacientes devem ser entrevistados para se tentar identificar outras situações de maus-tratos. "Recebemos hoje (ontem), via o Ministério Público, a determinação de analisar o local", disse.

A Libertad não possui registro como entidade de tratamento e estaria se adequando a normas definidas pela Vigilância Sanitária. "Foi feita uma inspeção no local e definidas algumas melhorias. Estávamos esperando terminar o prazo para fazer uma segunda vistoria", disse o superintendente interino da Vigilância Sanitária, Moacir Gimenes Teodoro.

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