Dormindo com o inimigo

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O pai do professor Jacir Venturi foi expedicionário na 2.ª Guerra Mundial, lutou nos campos da Itália contra os nazistas. Retornando ao Brasil, em pouco tempo estava casado com uma donzela de 15 anos – pasmem – uma bela e legítima descendente de alemães. Depois de muitos anos de casamento, o prof. Jacir gostava de fazer blague com o velho, na frente de sua mãe:

– E aí, pai, qual das guerras foi pior? – referindo-se à 2.ª Guerra e ao casamento. Na­turalmente o velho dava boas risadas, mas certo dia à prudente distância da esposa, fez uma pausa, gargalhou e disse:

– Na 2.ª Guerra, o inimigo era conhecido, e a gente tinha chance de sobreviver!

E era ele mesmo

Um dia desses o meu amigo Farofa, o Nelson Penteado, me contou que uma turma estava conversando no bar Stuart, quando o Zé Trindade mostrou para os demais um tipo sentado sozinho numa mesa lá do fundo. Usava um chapeuzinho de malandro e era parecido com o Germano Matias. O Zé Trindade não tirava os olhos dele e, de repente, não se conteve e disse:

– Oi, Germano Matias, venha sentar-se conosco!

O ex-deputado estadual e ex-vereador, o famoso radialista José Domingos, com seu vozeirão, reprimiu o companheiro:

– Ô, Zé Trindade, não vá chamando assim, o sujeito pode não gostar da comparação...

Mas, para surpresa de todos, o cidadão aproximou-se sorrindo e sentou-se com eles. Era ele mesmo!

Perdidos no aeroporto

Conta o Patrício Caldeira de Andrada que o empresário Marcius José Manosso, proprietário do Mannus restaurante, estava no aeroporto de Mon­tevidéu controlando pelo monitor o horário da partida do voo 630, que o traria para Curitiba. Ao seu lado uma senhora estava atrapalhada e lhe pediu informações sobre o voo 1230 da mesma companhia e que tinha o mesmo destino. Educadamente o Marcio tentou explicar para a senhora que esse voo tinha como referência o número 630 e que 12h30 era o horário previsto para a partida. Diante da explicação, a senhora agradeceu e reportou-se à pessoa que a acompanhava: – Vamos nos informar no balcão porque este aí "Tá mais perdido do que nós".