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Muita gente estava dormindo e não percebeu, mas o pijama é a última tendência da moda. Não da moda de ir para a cama, a do dia a dia mesmo. A pessoa vai se deitar de noite e, no outro dia, acorda, passa uma água no rosto e, do jeito que está, sai de casa para enfrentar a vida. Uma tática praticada há anos pela guerrilha de estudantes preguiçosos, que já dormem com o uniforme da escola para ganhar alguns minutos de soneca, mas que só recentemente ganhou o status de tendência.

Descobri essa onda assistindo ao programa Encontro com Fátima Bernardes, na Globo, semana passada. Entre os entrevistados estava a cantora Luiza Possi, que, vestindo uma calça de pijama quadriculada, não se fez de rogada. “A gente tem de se sentir livre. Eu gosto do meu pijama e saio com ele de casa numa boa. Acordo e vou embora. Quando vou viajar para fazer show, vou assim. As pessoas olham estranho, mas e daí?”, desafiou a moça.

Trabalhar com aquela camiseta de posto de combustíveis ou do candidato da última eleição definitivamente não cai bem a ninguém

No Brasil, a coisa ainda engatinha – ou melhor, cochila. Nos Estados Unidos e Europa, dizem, é normal. Pelo menos no high society. Grifes de vulto, como Louis Vuitton, já organizaram desfiles de peças baseadas em pijama para o dia a dia. E o mundo das personalidades também entrou de cabeça nessa e não é de hoje. Já em 2013 a atriz Jessica Alba e a cantora Rihanna eram algumas das usuárias das roupas de dormir fora de casa.

Um mercado de Cardiff, a capital do País de Gales, entretanto, não aceitou muito bem essa tendência. Desde 2010, uma das unidades da rede Tesco (a maior do Reino Unido) na cidade proíbe os clientes de entrar no estabelecimento vestindo pijamas. O argumento do gerente da loja é de que clientes de pijamas ou camisolas podem causar “ofensa ou constrangimento” aos outros clientes.

A medida não agradou em nada a dona de casa Elaine Carmody, que foi convidada a se retirar ao ir às compras de pijama e um chamativo par de pantufas puídas – talvez o calçado tenha chocado mais o gerente do que o pijama propriamente dito. O argumento da mulher era de que, antes da nova regra, costumava ir vestida mais confortavelmente para compras rápidas. Roupas mais formais – o que a maioria é diante de um pijama –, Elaine só vestia nas compras mais volumosas.

A pantufa da dona galesa, aliás, liga o alerta para quem quer entrar nessa moda. É bom estar atento ao modelo de pijama a ser usado. Porque, convenhamos, trabalhar com aquela camiseta de posto de combustíveis ou do candidato da última eleição definitivamente não cai bem a ninguém – nem para Luiza Possi, Rihanna e Jessica Alba.

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