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Autodeclarada ‘impulsiva’, Geovana*, 15 anos, recebeu neste ano da Justiça uma medida socioeducativa em meio aberto. “Fiquei colocando umas pastas lá”, descreve a adolescente ao falar do trabalho realizado na prefeitura de Piraquara uma vez por semana, por dois meses. A causa da punição foi uma briga na escola. “A menina prestou queixa na polícia. Mas nem hematoma eu deixei”, pondera.

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Durante a medida, a adolescente acabou encontrando novas ocupações. Ela entrou para o projeto do município ‘Agente da Cidadania’, que frequenta durante dez horas semanais junto com outros adolescentes para pensar projetos socioeducacionais. O último deles um jornal sobre a redução da maioridade penal, tema ao qual se diz favorável. “Se o adolescente pode votar, também pode assumir seus erros”. A mãe concorda com a filha. “Os adolescentes matam e cometem roubos e saem rindo”, disse Odete*, 47. Questionada se a punição recebida pela filha por uma simples briga de escola já não era uma responsabilização, ela ponderou. “Mas para coisas mais graves, ainda é muito brando. O ideal não seria a cadeia, que é escola do crime, mas se não conseguem atacar as causas. Vamos fazer o quê?”, indaga.

*Nomes fictícios
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