Autodeclarada ‘impulsiva’, Geovana*, 15 anos, recebeu neste ano da Justiça uma medida socioeducativa em meio aberto. “Fiquei colocando umas pastas lá”, descreve a adolescente ao falar do trabalho realizado na prefeitura de Piraquara uma vez por semana, por dois meses. A causa da punição foi uma briga na escola. “A menina prestou queixa na polícia. Mas nem hematoma eu deixei”, pondera.
Apreensão de jovens cai 11% no Paraná
Leia a matéria completaDurante a medida, a adolescente acabou encontrando novas ocupações. Ela entrou para o projeto do município ‘Agente da Cidadania’, que frequenta durante dez horas semanais junto com outros adolescentes para pensar projetos socioeducacionais. O último deles um jornal sobre a redução da maioridade penal, tema ao qual se diz favorável. “Se o adolescente pode votar, também pode assumir seus erros”. A mãe concorda com a filha. “Os adolescentes matam e cometem roubos e saem rindo”, disse Odete*, 47. Questionada se a punição recebida pela filha por uma simples briga de escola já não era uma responsabilização, ela ponderou. “Mas para coisas mais graves, ainda é muito brando. O ideal não seria a cadeia, que é escola do crime, mas se não conseguem atacar as causas. Vamos fazer o quê?”, indaga.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião