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Brian de Palma no lançamento de seu novo filme no Festival de Cinema de Veneza | Reuters/Gazeta do Povo
Brian de Palma no lançamento de seu novo filme no Festival de Cinema de Veneza| Foto: Reuters/Gazeta do Povo

A morte brutal da estudante universitária Ana Cláudia Caron, de 18 anos, em Curitiba, provocou comoção, revolta e trouxe à tona o polêmico debate sobre a redução da maioridade penal. Outro assunto que tange diariamente a vida da população deve também ser ressaltado: quais são os cuidados que homens e mulheres devem ter no trânsito para evitar furtos, roubos, seqüestros e até a morte?

A atenção se faz necessária. O caso que resultou na morte da estudante começou com um assalto numa rua no Centro de Curitiba. Depois de ser abordada por dois adolescentes ainda dentro do carro, segundos depois de estacionar, Ana Cláudia foi seqüestrada, violentada sexualmente e morta com um tiro na boca depois de ter o corpo queimado pelos bandidos.

Deixando de lado o machismo, é fato que a mulher é mais frágil e suscetível à ação dos bandidos do que o homem. A constatação é da delegada Darli Rafael - titular da Delegacia da Mulher de Curitiba. Acostumada a tratar de crimes contra as mulheres, Darli considera necessário passar algumas dicas que se deve ter no trânsito - tanto para homens quanto para mulheres. "A maioria das pessoas sabem como agir, mas na prática, ao andar nas ruas, percebemos atitudes propícias para ação de bandidos", conta.

A delegada monta a cena. Parada num sinal, a mulher olha para o lado e vê um rapaz. Começa a trocar olhares. Sorrisos. No próximo sinal, ele emparelha o carro, abre o vidro e diz uma gracinha. Ela retribui com sorrisos. Uma paquera inocente, conta a delegada, pode terminar mal. "Por mais irresistível que seja o papo, o olhar e o sorriso do homem o aconselhável é não dar bola", resume Darli. Ela explica.

"Ninguém sabe quem é esse rapaz. E se for um criminoso? Um homicida? Um estuprador", questiona. "Não precisa viver numa paranóia, mas é preciso tomar muito cuidado", completa. Esta é uma das muitas dicas repassadas pela delegada, que deixa claro: "a vítima, seja homem ou mulher, deve pensar primeiramente na vida. Se houver risco, entrega tudo. Bens materiais podem ser readquiridos, a vida não", aconselha.

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