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As chuvas intensas que inundaram 40% de União da Vitória no mês de junho desengavetaram projetos para tornar a cidade menos suscetível a enchentes. Há duas semanas a presidente Dilma Rousseff esteve no município do extremo Sul do estado e, impressionada com o que viu, perguntou se nada poderia ser feito para evitar que situações como aquela se repetissem. Recebeu como resposta que algumas obras públicas poderiam, sim, diminuir os impactos das cheias do Rio Iguaçu, mas que seriam ousadas e experimentais.

INFOGRÁFICO: Veja uma das propostas para solucionar o problema das chuvas

O pesquisador Dago Woehl foi convidado a ir a Brasília, nos próximos dias, para apresentar ao Ministério da Integração Nacional o projeto que considera mais viável e eficiente. Ele é presidente da Comissão Regional Permanente de Prevenção contra Enchentes do Rio Iguaçu e conta que 25 alternativas foram estudadas para reduzir o alcance das inundações frequentes. A escavação de dois canais paralelos ao rio combinada com a retificação de duas curvas do Iguaçu (veja infográfico ao lado) poderia reduzir em um metro e meio o nível do rio dentro de União da Vitória. Ainda não se tem uma estimativa de quanto as obras custariam nem qualquer garantia de que elas serão realizadas pelo governo federal.

A escavação de 3 a 5 metros de profundidade em 27 quilômetros de rocha basáltica e a "retirada" nas corredeiras de Porto Vitória (principal responsável pelas inundações em União da Vitória) representariam 1,25 metro no nível do rio em caso de enchente. A obra, estudada na década de 1990, foi considerada muito cara, complexa e impactante para o meio ambiente. Até a hipótese de construção de um dique foi avaliada na década de 1970, mas foi abandonada, já que, à época, aconteceram vários casos de rompimentos no mundo.

Saída?

Uma alternativa aventada – mas quase nunca considerada – é a retirada das famílias das regiões que estão na região inundável. Seria necessário remover milhares de pessoas. A maioria é de classe média e tem relações afetivas e históricas com o local em que moram e, portanto, não pretende se mudar. As 110 famílias que estavam nas áreas mais baixas da cidade, que sofriam com as constantes cheias, foram retiradas do local há alguns anos.

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