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Durante a perícia, polícia do exército observa o carro em que os dois militares mortos estavam | Aniele Nascimento/ Agencia de Noticias Gazeta do Povo
Durante a perícia, polícia do exército observa o carro em que os dois militares mortos estavam| Foto: Aniele Nascimento/ Agencia de Noticias Gazeta do Povo

Dois militares do exército foram mortos e um homem ficou gravemente ferido, após terem saído de uma casa noturna na Avenida das Torres, no bairro Uberaba, em Curitiba, na madrugada desta quinta-feira (2). O carro em que eles estavam foi perseguido e atingido por cerca de 15 tiros. De acordo a polícia, um desentendimento iniciado no estacionamento da casa noturna Rancho Brasil motivou o crime.

O boletim da PM aponta que, pouco mais de cinco horas, os três amigos seguiam em um Gol branco, com placas de Pinhais, e, pouco antes de chegarem ao Viaduto do Tomate, foram atingidos pelos disparos. Os tiros teriam partido de dentro de um veículo Punto Vermelho, que perseguiu as vítimas. Após o atentado, este carro teria fugido em direção a São José dos Pinhais.

Os passageiros Abner Elias Cologe Taborda e Fernando Iskierski, ambos de 19 anos, morreram na hora com tiros na cabeça e pescoço. Segundo o setor de relações públicas do Quartel-General da 5ª Região Militar, do Exército, ambos prestavam serviço militar e seriam desligados da corporação em janeiro de 2011.

A outra vítima foi identificada como Nei da Silva Pinheiro, de 19 anos, que dirigia o Gol. Ele foi baleado no tórax e braços e encaminhado em estado grave para o Hospital Cajuru. A assessoria de imprensa do hospital informou que, por volta das 18h45, o estado de saúde de Pinheiro era considerado estável e ele estava fora de perigo.

Segundo a PM, as balas usadas no crime eram de pistola 9 mm e que seriam de uso restrito das Forças Armadas e da Polícia Federal. A polícia solicitou que o Instituto de Crimalística (IC) pericie o veículo.

Investigações

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DH). Na tarde desta quinta, a delegada Vanessa Alice, titular da especializada, afirmou que vítimas e os autores tiveram "um rápido desentendimento" na casa noturna. "As pessoas envolvidas neste caso não se conheciam anteriormente. Elas vieram a se conhecer neste estabelecimento, no desentendimento", disse a delegada.

A polícia não revela detalhes das investigações para não prejudicar o resultado das diligências. A delegada, no entanto, revela que os trabalhos estão adiantados e que a polícia tem uma linha sólida sobre a autoria do crime. A DH solicitou imagens de câmeras de segurança do Rancho Brasil e de estabelecimentos vizinhos. Gravações de empresas próximas ao local onde o carro foi alvejado também devem ser usadas nas investigações.

Em nome de Rancho Brasil, a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR) negou que o conflito que originou o crime tenha se iniciado dentro do estabelecimento. Segundo o presidente da entidade, Fábio Aguayo, imagens de câmeras de segurança da casa mostram que não houve nenhuma ocorrência de briga ou de tumulto na boate. Ele lembra que o atentado ocorreu a mais de três quilômetros do estabelecimento.

"A casa fechou às 4h42 e o crime ocorreu quase 5h30. Não é possível associar este caso à boate. A violência está do lado de fora. São pessoas irresponsáveis que causam este transtorno à sociedade", disse.

O cadastramento de clientes, obrigatório por lei municipal, não poderá ajudar a polícia a identificar os agressores. Em função de uma reforma de ampliação pela qual o estabelecimento passa, o sistema de cadastramento não estava funcionando. "Mas se a polícia quiser pegar os responsáveis pelo crime, ela [a polícia] pega. Basta pegar o histórico dos radares e ouvir testemunhas, como um guardador de carros do estacionamento ao lado", disse.

O setor de relações públicas do Exército informou que, como as vítimas não eram militares de carreira, a corporação não vai instaurar nenhum procedimento interno para investigar o crime. O Exército ressaltou que os jovens estavam fora de serviço.

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