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Diferentemente de outras cidades do interior, as lan houses do município de Peabiru, na Região Centro-Oeste do Paraná, com cerca de 13 mil habitantes, vivem uma crise. O número cada vez mais reduzido de clientes que procuram as duas únicas lan houses do município está deixando os proprietários sem perspectivas de novos investimentos neste tipo de estabelecimento comercial.

Até o ano passado, a cidade tinha três locais de acesso à internet, mas, no início deste ano, um dos proprietários fechou as portas alegando não ter clientes e retorno do investimento realizado. "Tem dias que as portas ficam abertas o dia todo sem ter um único cliente", reclama o aposentado José Cami­lotto, de 68 anos, que há quatro anos administra o negócio do filho.

Camilotto lembra que quando o estabelecimento foi inaugurado, cerca de 100 usuários frequentavam diariamente a lan house. "Hoje não passa de 40 pessoas. São clientes que ficam pouco mais de 15 minutos e vão embora".

Em casa

O estudante David Jones Ro­­drigues dos Santos, de 18 anos, único cliente que procurou a lan house, na tarde da última terça-feira, lembra que já chegou a frequentar diariamente o local. "Como meus amigos compraram computador e instalaram internet, empresto deles. Hoje, venho somente para jogar com os amigos", diz.

A acadêmica de Pedagogia, Silvia Andrade Vinci, de 31 anos, optou em pagar R$ 700 em um computador, instalar internet e economizar na lan house. "Quando tinha de fazer pesquisa ou imprimir trabalho da faculdade era obrigada a correr na lan house. Além do gasto, ter um computador em casa significa praticidade", argumenta Silvia, que divide o computador com os três filhos. "É uma questão de comodidade, quando eles querem jogar não precisam ir à lan house", afirma.

Dias contados

Rafael Marques da Silva, proprietário de outra lan house em Peabiru, diz acreditar que o negócio está com os dias contados. "Com a facilidade em adquirir computadores e internet, as lan houses estão fadadas a fecharem as portas se não aliarem outro tipo de prestação de serviço", diz Silva, que incrementou o negócio com manutenção de computadores, venda de recarga para celulares, sorvete e guloseimas. "Se administrasse apenas o acesso à internet, já teria fechado", conta.

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