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“Cavalo babão” em foto do trainee Sandro Graciano: o equino, o cachorro e a lenda | Sandro Graciano
“Cavalo babão” em foto do trainee Sandro Graciano: o equino, o cachorro e a lenda| Foto: Sandro Graciano

Território

Não muito longe do marco zero

Veja uma coleção de crônicas, informes, relatos de viagem e comentários criados pelos jornalistas participantes do programa Talento GRPCom em homenagem à cidade de Curitiba por seu aniversário.

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O Centro de Curitiba tem quatro séculos, 3,3 quilômetros quadrados, 33 mil habitantes, 15 mil domicílios e 39 trainees do programa Talento Jornalismo da GRPCom. Exato. Desde meados de fevereiro deste ano, um grupo de jovens jornalistas fez de uma sala na Rua Pedro Ivo seu endereço de estudos de Comunicação, Ética e História. Foi desse pequeno quartel general que eles saíram, nas últimas semanas, para uma pequena inserção no bairro mais antigo da capital. A tarefa: produzir crônicas e perfis "sobre a gente da rua" – hoje publicadas no site da Gazeta do Povo.

Para pelo menos metade dos trainees a capital paranaense é a descoberta da América. Há entre os participantes gente de Bê-Agá – Belo Horizonte –, uma gaúcha de Macapá, forasteiros do Rio de Janeiro e de São Paulo, vizinhos catarinenses, parentes próximos de Ponta Grossa e Toledo, entre outros. Daí a presença de textos sobre lugares que a maioria dos curitibanos, por força do hábito, passa sem prestar a mínima atenção. Eis a graça.

Passeio Público, Praça do Homem Nu e da Mulher Nua, Cavalo Babão e Edifício Tijucas – para citar alguns – devem ter perdido interesse até na redação escolar dos alunos do Colégio Tiradentes. Mas na pena dessa rapaziada se tornam notícias além-fronteira sobre a incrível cidade que tem um bosque no meio do Centro, um gigante negro e sua companheira, um prédio balança-mas-não-cai e a escultura pública que, dizem os gozadores, é mais polêmica desde o elefante de pedra sonhado por Napoleão, onde hoje está o Arco do Triunfo.

Como se sabe, o projeto napoleônico ficou na vontade. Já por aqui, fazemos o que o imperador não conseguiu na França: a escultura de Richard Todd ganhou a Praça Garibaldi contra tudo e contra todos os estetas. Há mais de dez anos permanece na berlinda – rivalizando com o metrô e a Linha Verde. Não à toa, dois trainees escolheram o Babão para Cristo – Sandro Graciano e Yuri Al’Hanati. É conferir.

Em tempo. Nos cerca de 156 mil caracteres escritos pelos participantes – algo como um livro de 90 páginas – é possível encontrar historietas do submundo do sexo, versões sobre estranhas inscrições nas paredes [eram os deuses astronautas?], garis, o Tadeu do Pierogi, Lilituc – a menor galeria do mundo – e o "cheiro de pastel". Essa é boa. A jornalista mineira Maria Carolina Caiafa não encontrou pães de queijo a gosto por aqui. O mesmo não pôde dizer dos pastéis – sua especialidade por um dia.

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