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Temporal provocou estragos em todo o estado |
Temporal provocou estragos em todo o estado| Foto:

Temporais deixaram quase 700 casas destelhadas, 5 desabrigados e um ferido no Paraná

Um levantamento preliminar divulgado no final da manhã desta quinta-feira (30) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil aponta que mais de 2,7 mil pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas de quarta-feira (29) em pelo menos 30 municípios do Paraná. Ao todo, 677 casas ficaram danificadas, e duas foram totalmente destruídas entre 13h e 18h de quarta-feira. Em Loanda, no Noroeste do Paraná, cinco pessoas ficaram desabrigadas, e estão alojadas em um abrigo providenciado pela prefeitura municipal. Em Apucarana, no Norte, de acordo com a Defesa Civil, uma pessoa ficou ferida quando foi atingida por um portão que caiu. A vítima foi atendida e passa bem.

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Chuva continua nesta quinta-feira (30)

O meteorologista Marcelo Brauer, do Instituto Tecnológico Simepar, diz que a chuva deve continuar até esta quinta-feira (30) no estado, inclusive com possibilidade de ocorrências de granizo em pontos isolados. No fim de semana, o clima volta a ficar quente, mas pode chover novamente. Brauer explica que a ocorrência de chuva e temporais nesta época do ano é normal e caracterizada pelo período da primavera. O ar úmido e quente predispõe as tempestades. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) alerta sobre a previsão de temporais nos estados do Paraná, Amazonas, Pará, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Tocantins ao longo do dia. No Sudoeste, Centro-Sul e Leste do Paraná, a previsão é de chuva com rajadas de vento entre 50 e 60 km/h e não está descartada a ocorrência de granizo localizado. Segundo a Sedec, os alertas preventivos são baseados em informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Técnicos da Companhia Paranaense de Energia (Copel) trabalharam durante esta quinta-feira (30) para restabelecer o sistema elétrico das regiões Oeste e Sudoeste do estado, que foi avariada por causa das fortes chuvas da tarde de quarta-feira (29). A energia elétrica voltou para a maioria das casas no fim desta tarde, informou a Copel.

Para a companhia, foi a pior tempestade dos últimos dois anos na cidade de Cascavel. Uma torre da linha de transmissão de 138 mil volts no limite da cidade com Assis Chateaubriand caiu, e diversos cabos de baixa e alta tensão foram rompidos. De acordo com a Copel, por volta das 18h30, 10 mil domicílios ainda estavam sem energia elétrica na região Oeste. A previsão era de que até o fim da noite todo o sistema fosse normalizado. Na quarta-feira, cerca de 240 mil domicílios ficaram sem energia.

Ao todo, 150 equipes da Copel trabalharam durante a tarde e a madrugada para consertar os estragos. As cidades afetadas pela queda de energia foram Cafelândia, Formosa do Oeste, Nova Aurora, Ouro Verde do Oeste, Braganey, Ibema, Catanduvas e Guaraniaçu. A Copel recebeu cerca de 200 ocorrências relacionadas a postes quebrados ou cabos rompidos ao longo da tarde nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

Rescaldo

Nesta quinta-feira (30), cerca de 30 bombeiros de Cascavel, na região Oeste do estado, trabalharam na remoção de árvores que caíram por causa das fortes chuvas. Ao todo, foram 150 chamados recebidos entre 14h e 23h de quarta-feira (29), segundo o tenente Amarildo Roberto Ribeiro. "Foram cerca de 100 atendimentos a casas destelhadas e 50 quedas de árvores", diz. "Todas as casas foram atendidas, mas ainda restaram algumas árvores para serem removidas", conta.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Cascavel, ainda não há um balanço de quantos metros de lona foram entregues para a população. "Fecharemos um relatório ainda nesta quinta-feira, mas por enquanto continuamos distribuindo lona para quem vier no quartel", diz o tenente.

Estragos

Em Foz do Iguaçu, o temporal começou a partir do meio-dia. Inúmeras casas e ruas ficaram alagadas. O Rio Boicy, que corta o município, subiu a ponto de alagar metade de algumas residências. Segundo a Defesa Civil, os moradores foram atendidos, mas não houve necessidade de removê-los para abrigos. Foz do Iguaçu já havia sido atingida por um temporal na tarde de terça-feira (28) com rajadas de vento de 105 quilômetros por hora.

No município de Londrina, no Norte do estado, cerca de 60 mil domicílios tiveram o serviço de energia elétrica interrompido no fim da tarde de quarta-feira (29). Segundo informações da Copel, 13 dos 70 alimentadores foram desligados e a maior parte dos casos aconteceu em decorrência de quedas de árvores e galhos sobre a rede, que também provocaram o rompimento de cabos. O sistema foi restabelecido ainda durante a noite.

O Corpo de Bombeiros também teve muito trabalho com o vento, sobretudo com os alertas de quedas de árvores. Na esquina da Rua Flórida com Avenida Duque de Caxias, Centro da cidade, uma árvore caiu sobre o telhado de um imóvel.

Em Rolândia e Arapongas, cidades próximas a Londrina, a situação não foi diferente. Diversas casas ficaram destelhadas e árvores caíram. Algumas regiões de Arapongas também ficaram sem energia elétrica.

No município de Umuarama, Noroeste do estado, os bombeiros atenderam mais de 30 chamados relacionados a destelhamentos e árvores caídas. Na Avenida Rio Branco, um pé de jaca caiu sobre um Ford Del Rey. Ninguém ficou ferido. Na rodovia PR-182, entre Palotina e Maripá, a Defesa Civil e policiais rodoviários passaram a tarde cortando as árvores que caíram na pista.

Na cidade de Cruzeiro do Oeste, Oeste, o Bombeiro Comunitário registrou 20 destelhamentos de casas e várias quedas de árvores, principalmente na rodovia PR-323 que liga a Umuarama.

Em Pitanga, na região Central, 200 casas foram destelhadas durante o temporal. Ninguém ficou ferido. Pelo menos 18 árvores caíram. Cerca de 15 mil consumidores ficaram sem luz elétrica, informou a Copel. A chuva começou às 16h e durou poucos minutos.

Em Campo Mourão, região Centro Oeste, a cobertura de um posto de combustível, na saída para Cascavel, não suportou a velocidade do vento e desabou. O temporal na cidade, que começou por volta das 16h e durou cerca de 15 minutos, também derrubou a torre de transmissão da TV Carajás, que retransmite a TV Cultura.

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