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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) do Paraná protocolou um pedido no Conselho Superior do MP para que seja revogada a licença que permite ao promotor Cid Vasques ocupar o cargo de secretário de Segurança Pública do Paraná (Sesp).

A confirmação foi feita pelo coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, que não quis dar mais detalhes sobre o protocolo. O pedido é mais um capítulo da crise entre as duas instituições, que acontece no momento de maior repercussão da Operação Vortex, comandada pelo Gaeco e que levou à prisão de policiais civis supostamente envolvidos em corrupção na venda de peças de carros roubados.

A situação ficou mais tensa quando a Sesp solicitou a instalação de um sistema de rodízio que substitua, a cada dois anos, todos os 57 policiais cedidos ao Ministério Público. O Gaeco alega que a troca atrapalharia e até inviabilizaria algumas investigações. O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, enfatiza que o decreto assinado pelo governador Beto Richa, formalizando a cessão de policiais ao Ministério Público, não estabelece prazo de validade da licença. Batisti afirma que recebeu informações para que a troca de policiais comece já em setembro e vá até dezembro, até que todos com mais de dois anos de cessão ao Gaeco seja "devolvidos".

Na semana passada, Vasques fez questão de frisar que o processo para instituir o rodízio de policiais é anterior à Operação Vortex. Os documentos iniciais são de março e a investigação que culminou com a prisão de policiais estourou em abril.

Procurado pela Gazeta do Povo, o secretário preferiu não dar entrevista.Contudo, em entrevista à Rádio Banda B, o secretário confirmou o pedido de revogação da licença e disse que se trata de "uma reação clara [à proposta de fazer um rodízio de policiais no Gaeco]", avalia. "Temos casos de delegados, por exemplo, que estavam há 12 anos no Gaeco. Por que não promover um rodízio para que outros também acumulem essa experiência?", indagou.

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