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Funcionários protestaram na sede da empresa, na Rodoferroviária | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Funcionários protestaram na sede da empresa, na Rodoferroviária| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A greve dos funcionários da Urbs, que gerencia o transporte coletivo de Curitiba, já afeta o trânsito e serviços relacionados ao cartão-transporte, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano). A greve foi deflagrada nesta segunda-feira (27), conforme anunciado pela categoria na semana passada. A paralisação não envolve motoristas e cobradores e, portanto, não afeta a circulação de ônibus.

Segundo o diretor do sindicato, Luiz Carlos Viana, a adesão da categoria “é praticamente total, 100%”. Ele informa ainda que o sindicato não foi notificado de qualquer decisão da Justiça do Trabalho envolvendo a greve. De acordo com a Urbs, a Justiça do Trabalho determinou em liminar que no mínimo 50% dos funcionários estejam em seus postos de trabalho, para cada uma das carreiras, durante a greve. “Não fomos notificados”, diz Viana.

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São cerca de 1,5 mil funcionários ligados à Urbs. Do total, mais de 400 agentes atuam nas ruas, em serviços ligados ao estacionamento rotativo e à fiscalização do transporte coletivo. “Se trava uma porta do tubo do ônibus, não tem nenhum agente para cuidar disso”, explica Viana. Serviços ligados ao cartão de transporte, feitos por agentes que atuam na Rodoviária e também nas seis Ruas da Cidadania, não estão sendo prestados nesta segunda-feira.

Funcionários em greve fazem protestos neste momento em dois pontos da cidade, na Rodoviária e na Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). A greve é por tempo indeterminado.

A assessoria de imprensa da Urbs informa nesta manhã que ainda não tem um balanço da greve, mas lembra que há 25 endereços na cidade, como bancas, onde é possível carregar o cartão-transporte e comprar um cartão avulso.

Bandeiras

O sindicato reclama que o último salário, previsto para cair na sexta-feira (24), ainda não foi pago. “A Urbs sempre pagou em dia. Agora volta e meia tem algum problema. O plano de saúde ficou suspenso por três dias”, diz Viana. A categoria também reclama das propostas da Urbs em relação à data-base dos funcionários, em maio. “Eles ofereceram um reajuste só da inflação, de 8,34%, e dividido em cinco vezes”, afirma o diretor do sindicato.

Outro lado

Em nota divulgada na sexta-feira (24), a Urbs informou que “trabalha para o pagamento dos salários dos 1.566 funcionários até o quinto dia útil do mês (7 de agosto) conforme acordo coletivo”. “Apesar das dificuldades, motivadas por problemas que se acumulam há anos - como a redução de receita provocada, por exemplo, pela terceirização de equipamentos - agravados no cenário econômico atual do país, a direção da Urbs reafirma seu compromisso de fazer todos os esforços possíveis para que o momento atual seja ultrapassado sem prejuízo aos servidores e à comunidade”, conclui a Urbs.

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