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“Não houve imposição, foi apenas uma orientação e todos acharam por bem seguir estas ideias.” Padre Leocádio Zytkowski | Daniel  Castellano/Gazeta do Povo
“Não houve imposição, foi apenas uma orientação e todos acharam por bem seguir estas ideias.” Padre Leocádio Zytkowski| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os fiéis que chegam para as missas na paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro Barreirinha, em Curitiba, não encontram mais água benta na entrada da igreja. A tradição de se benzer antes da celebração está suspensa desde quarta-feira para evitar o contágio da nova gripe. A ideia partiu do Padre Leocádio Zytkowski, preocupado com a disseminação do vírus H1N1, e foi aprovada pelos fiéis.

As pias das igrejas são usadas por centenas de pessoas a cada missa e podem acabar contaminadas com o vírus. Ao molhar a mão e levá-la ao rosto, os fiéis poderiam se contaminar. Além da retirada da água, o padre achou melhor não entregar a comunhão diretamente na boca, para evitar contato com a saliva. As hóstias serão colocadas na mão das pessoas.

Outra tradição que está suspensa é o "abraço da paz". Padre Leocádio afirma que colocou em votação as medidas nas duas missas realizadas na quarta-feira. As mudanças foram aprovadas por unanimidade. "Não houve imposição, foi apenas uma orientação e todos acharam por bem seguir estas ideias", disse.

A Cúria Metropolitana de Curitiba informou que não há uma orientação expressa sobre as medidas para evitar a gripe. Segundo a assessoria de imprensa da arquidiocese, cada padre é responsável por sua igreja e tem autonomia nas decisões.

Outros estados

Medidas semelhantes estão sendo adotadas em outros estados. Dom Pedro Luiz Stringhini, responsável pela região episcopal de Belém, mandou uma carta na terça-feira aos padres das 63 paróquias e 140 comunidades da Zona Leste de São Paulo aconselhando mudanças. São três recomendações: "pedir que os fiéis recebam a comunhão na mão", "não fazer o convite ao abraço da paz e "não convidar os fiéis a darem as mãos na oração do Pai Nosso". Em Minas Gerais, as paróquias estão substituindo o abraço por um minuto de silêncio.

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