Jornal e tecnologia, sim!

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A professora Norma Renate Gerhards Weinert, da Escola Municipal Dr. Linneu Madureira Novaes, de Castro, tinha como objetivo aprimorar a leitura e a escrita da sua turma do 2º ano. De uma coisa, ela sabia: o jornal seria o principal recurso pedagógico em suas aulas. Programas de incentivo à leitura são tidos como prioridade para o município, que participa do projeto Ler e Pensar, da Gazeta do Povo, por meio do apadrinhamento da CCR Rodonorte.

Como ponto de partida, a turma escolheu trabalhar a temática alimentação saudável. “O aluno deve saber diferenciar entretenimento e conhecimento, e respeitar o limite dos recursos em sala. Nem tudo o que está online agrega conhecimento e, nesse cenário, o professor assume o papel de guia, orientando os estudantes a utilizarem as ferramentas com consciência e a buscarem informações de qualidade para, então, refletir sobre elas”, afirma. Foi o início da formação crítica. Os estudantes avaliaram os lanches servidos pela escola, foram ao supermercado entrevistar vendedores, criaram um panfleto de bons hábitos alimentares, fizeram uma horta com garrafas pet, e até mesmo prepararam uma receita de iogurte natural na escola, como parte do conteúdo de Língua Portuguesa e Ciências. Castro tem a atividade agropecuária como base de sua economia, e é considerada uma das principais bacias leiteiras do Brasil.

Robô Gazeta

Pensando em aliar tecnologia, leitura e ludicidade, Norma e seus alunos criaram o Robô Gazeta, utilizando caixas de papelão e copinhos de iogurte. O boneco foi pintado e decorado com luzes pisca-piscas nos olhos. Alegria da turma, foi utilizado em todas as atividades relacionadas à leitura, inclusive no momento da apresentação dos registros da Sacola Viajante de Notícias, projeto de leitura familiar de Norma.

“O jornal proporcionou maior socialização, criticidade e criatividade dos alunos. Esta experiência desenvolveu muito as habilidades de leitura e foi o ponto mais relevante do trabalho: por meio do jornal, os estudantes conseguiram superar as dificuldades que ainda enfrentavam em relação à alfabetização e ao letramento. Agora leem com autonomia.”, comemora Norma, juntamente com a direção e equipe pedagógica da escola.

“Entendi que é importante ler não por obrigação, mas pelo prazer de ler e de descobrir novas histórias”, Kauan Peres Madureira, 7 anos, aluno do 2º ano.

“Depois de participar do projeto, minha filha melhorou muito na leitura, está sempre procurando algo para ler. Gosta de jornais, gibis e outros livrinhos. Ela levou a ideia de alimentação saudável para casa e junto com ela fizemos uma horta. Ela também ajudou a cuidar e já colhemos rabanetes e alface.”, Adriana Aparecida Ribeiro Stockler, mãe de aluna.