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Sem acordo com o governo do estado em relação ao reajuste salarial, diversas categorias de servidores públicos paralisam atividades. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Sem acordo com o governo do estado em relação ao reajuste salarial, diversas categorias de servidores públicos paralisam atividades.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Agentes penitenciários e servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) engrossam a greve geral dos servidores estaduais contra o reajuste de 5% proposto pelo governo para a data-base deste ano. A maioria das escolas segue fechada, todas as universidades estaduais estão com as atividades paralisadas e os servidores da saúde têm paralisações previstas nos próximos dias (ver quadro). A pauta principal é o reajuste de 8,17%, correspondente à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses. Nos presídios a greve começa neste sábado (23) e nos órgãos vinculados ao meio ambiente os funcionários cruzam os braços a partir de segunda-feira (25).

Infográfico: veja como está a situação de cada categoria em relação à greve geral

MP-PR se dispõe a mediar negociação

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) oficializou nesta sexta-feira (22) sua disposição em mediar a conciliação entre o governo do estado e os servidores estaduais em greve. O órgão informou que a medida foi tomada bom base no dever de “zelar pelo direito constitucional de ensino público regular e pela própria qualidade da educação.” Ofícios com a informação foram enviados aos envolvidos nas paralisações. Nos documentos há a recomendação de celeridade na condução das negociações para evitar danos maiores à sociedade.

No caso dos agentes, além de cobrar um índice de reajuste salarial de 8,17% eles pedem mais segurança. “A nossa bandeira principal é a segurança. O sistema prisional está superlotado, sucateado. E o agente penitenciário tem que falar “não” em nome do governo estadual. Nos tornamos reféns em potencial o tempo todo. A questão da data-base foi a gota d´água. A paciência acabou”, critica a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski.

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A presidente do Sindarspen também reclama que o governo estadual sacou dinheiro do Fupen (Fundo Penitenciário), “que é destinado para melhorias no sistema prisional”. O acesso ao Fupen foi autorizado pelo Legislativo no final do ano passado, entre as dezenas de tentativas do governo estadual em obter recursos para pagar dívidas. Petruska não soube informar quanto foi retirado e para qual finalidade. O governo do estado, por sua vez, disse que não poderia passar informações sobre esse assunto nesta sexta-feira (22) porque o acesso à Secretaria da Fazenda estava bloqueado por servidores em greve.

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Sobre a greve dos servidores do meio ambiente, a principal reivindicação também recai sobre o índice de reajuste. Mas há tempos a categoria está descontente com outros pontos (ver quadro), que agora voltam a ser colocados como itens de reivindicação. A categoria reclama de falta de gasolina para os carros e também faltam itens básicos nos escritórios, como papel. O sindicato da categoria também cita que as diárias para agentes fazerem licenciamentos em locais distantes não são depositadas, o que às vezes chega a inviabilizar ações de fiscalização.

O Sindiseab, representante dos funcionários do meio ambiente e da agricultura informa que na terça-feira, às 17 horas, os servidores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) também fazem assembleias e podem entrar em greve.

Atividades prejudicadas

A greve dos agentes penitenciários deve prejudicar atividades de escola e de trabalho dentro das unidades penitenciárias, visitas e pátio de sol. Serviços ligados à alimentação, emergências médicas, cumprimento de ordens judiciais e escoltas para audiências funcionarão normalmente. Já o movimento dos funcionários do meio ambiente deve prejudicar especialmente os trabalhos de fiscalização ambiental. Os órgãos que integram a Sema são: Instituto das Águas, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) e Mineropar.

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