Mercado Municipal faz 57 anos em estilo gourmet

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Mais fácil que se perder propositalmente nas várias entradas do Mercado Municipal de Curitiba é fazê-lo nas cores, aromas e sabores de dezenas de bancas que são uma ode aos sentidos. Há quem entre para comprar vinho e saia com iguarias orientais; há quem busque frutas e azeites japonesas e acabe se rendendo ao democrático prato feito do Box do Eliseu. Neste domingo (2), o mercadão completa 57 anos de uma história de sacolas cheias, andanças, cafés, barbas feitas e frutas frescas.

Com este filho gourmet da capital, um dos lugares favoritos de Poty Lazzarotto na cidade, fazem aniversário também as mais de 190 famílias de comerciantes cujas histórias se misturam à dos corredores.

“Aqui cresci, criei minha filha e aprendi os segredos das melhores frutas com meus pais”, conta Cirlei Rodrigues, que, desde 1973, madruga para ir às compras e abrir a banca central. Entre as memórias, lembra as geladas manhãs de inverno, com direito à neve, e a noite em que uma boneca da loja de antiguidades esquecida no corredor escuro assombrou os convidados de um jantar de aniversário.

A poucos metros, na Peixaria São José, no mesmo ponto desde 1970, pai e filho atendem os clientes habitués da manhã de sábado. “O mercado se modernizou sem perder a tradição. Aqui já somos uma família”, diz Floresmal Alberti, fundador da banca.

Poucos sabem que o mercado já teve sede nas praças Zacarias e Generoso Marques. Mas foi em 1958 que se estabeleceu no final na Avenida Sete de Setembro e lá comemora seu aniversário. A comemoração, feita no sábado (1.º), contou com dois bolos de 30 quilos, oficinas de gastronomia e o tradicional parabéns da Banda Lyra.

“Nos últimos anos, o mercado segue um caminho de democratização, atraindo todo tipo de público e funcionando como uma vitrine na cultura do nosso estado, com oficinas de alimentação saudável, eventos culturais e milhares de produtos”, diz o secretário do Abastecimento de Curitiba, Marcelo Franco Munaretto.