• Carregando...
A marcha defende o parto humanizado, que inclui a defesa do direito de dar à luz em casa | Fabio Teixeira / Folhapres
A marcha defende o parto humanizado, que inclui a defesa do direito de dar à luz em casa| Foto: Fabio Teixeira / Folhapres

Um grupo de mulheres - muitas exibindo a barriga de gestante - realizam na tarde deste domingo (05) uma marcha pela humanização do parto, que inclui a defesa do direito de dar à luz em casa. As manifestações ocorreram em São Paulo e no Rio.

No Rio de Janeiro, a passeata partiu por volta das 14h30 do posto 9, em Ipanema, na zona sul, e seguiu em direção ao posto 7.

Segundo as organizadoras, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para o atual modelo de obstetrícia no país, que elas classificam como violento. Como exemplo, citam o uso de medicamentos para acelerar o parto, o corte desnecessário da vagina e a realização de cirurgias cesarianas sem indicação médica.

"Não estamos dizendo que não precisamos de médicos. Eles são importantes, mas têm que intervir quando realmente for necessário", diz Ellen Paes, uma das organizadoras.

Ela reclama que, atualmente, muitos médicos não têm paciência para esperar o trabalho de parto e por isso acabam recorrendo a métodos que elas consideram violentos. Ela defende que a mulher seja avisada antes de qualquer intervenção médica.

A marcha é uma reação à edição, pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), de duas resoluções que passaram a considerar infrações éticas a participação de médicos nos partos realizados em casa e de parteiras e doulas (acompanhantes) nos partos realizados em hospitais.

Publicadas no dia 19 de julho, as resoluções tiveram seu efeito suspenso por decisão da Justiça, que atendeu a pedido do Coren (Conselho Regional de Enfermagem). O Cremerj, porém, já anunciou que vai recorrer da liminar.

"Esse é o momento para que a sociedade dialogue e para que as mulheres sejam ouvidas", defende Paes.

As organizadoras estimam em 200 o número de participantes na marcha, que ocorre sob tempo nublado no Rio.

São Paulo

Em São Paulo, cerca de 150 manifestantes se reuniram na avenida Paulista à tarde. Eles ocuparam o canteiro central da avenida, entre a rua Bela Cintra e a avenida Consolação.

O trânsito não chegou a ser interrompido, segundo a CET. A manifestação terminou pouco antes das 17h, devido à garoa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]