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Em Curitiba, artistas estão acampados na sede do IPhan | Antônio More/Gazeta do Povo
Em Curitiba, artistas estão acampados na sede do IPhan| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O movimento Ocupa MinC repudiou declarações que o novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, deu em entrevista à Folha na última sexta-feira (27). Na ocasião, Calero disse que iria dialogar com os ocupantes de prédios ligados ao MinC. O movimento reafirmou que não haverá diálogo.

Há ocupações em todas as capitais do país, segundo o movimento. Ele pede a saída do presidente interino, Michel Temer, e repudia qualquer iniciativa de negociação com o governo.

“Não haverá diálogo, conciliação ou negociação com quem trate com um governo golpista. Não há república, democracia ou governo instituído, quando o voto da população é violentado com um golpe”, diz a nota do movimento.

Calero disse à Folha que não haverá pedido de reintegração de posse dos edifícios. No entanto, afirmou que, em algumas ocupações - que se recusou a nomear - há danos ao patrimônio e uso de drogas. Nesses casos, disse ele, o MinC trabalhará para garantir que os edifícios mantenham suas funções.

Em reação à declaração, o Ocupa MinC afirmou que “nosso movimento é nacional e unificado. Apoiamos e defendemos todas as ocupações brasileiras, e não vamos aceitar diferença de tratamento entre as mesmas.”

Calero também disse na entrevista que Temer tomou a atitude de um “grande líder” ao reconstituir o MinC. Quando assumiu, o presidente interino extinguiu a pasta e fez dela uma secretaria sob a guarda do Ministério da Educação, que passou a se chamar Ministério da Educação e da Cultura. Após pressão de artistas, Temer recuou e recriou a pasta.

Para o Ocupa MinC, “chamar um presidente golpista de ‘grande líder’ é oportunismo.”

Confira a nota na íntegra:

Nota de repúdio do Ocupa MinC RJ contra declarações de Marcelo Calero em entrevista ao jornal Folha de São Paulo:

Primeiramente, #ForaTemer.

Não haverá diálogo, conciliação ou negociação com quem trate com um governo golpista.

Não há república, democracia ou governo instituído, quando o voto da população é violentado com um golpe. Esta é a verdadeira gambiarra.

Não temos líderes, temos vozes.

É bom lembrar que o Palácio Gustavo Capanema não é apenas um prédio da Funarte, e sim do Ministério da Cultura. Estamos re-significando a função social deste espaço, não só no sentido da funcionalidade e da inserção da sociedade civil, mas transformando-o em um território de luta contra o retrocesso e a restrição de direitos promovidos por este governo ilegítimo, incluindo a nova reformulação do ministério.

Nosso movimento é nacional e unificado. Apoiamos e defendemos todas as ocupações brasileiras e não vamos aceitar diferença de tratamento entre as mesmas.

Não há coerência em um discurso contra o machismo, a homofobia, a xenofobia e pactuar com um projeto de governo golpista que assumiu de forma arbitrária, causando um desmonte de setores e instituições essenciais do Estado brasileiro como Saúde, Cultura, Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial, Povos Indígenas, Desenvolvimento Agrário, Previdência, Ciência e Tecnologia, Empresa Brasil de Comunicação,_ além da extinção da Controladoria-Geral da União - CGU._

Chamar um presidente golpista de “grande líder” é oportunismo. Queremos uma república de fato e de direito.

A luta pela democracia não tem data para terminar.

#NãoÉSóPeloMinc

#OcupaMinc

#OcupaTudo

#ForaCunha

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