Paraná se mobiliza no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil

• 0

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil será lembrado com passeatas, distribuição de material informativo e apresentações culturais em diversas cidades do Paraná na sexta-feira (18). Somente a Rede de Proteção à criança em risco de Curitiba acolhe 120 vítimas de abuso por mês. Em média, nada menos do que seis entre 10 casos de violência sexual acontecem dentro da própria residência da pessoa agredida.

Em Curitiba, uma caminhada vai marcar a data. Os nove Conselhos Tutelares da cidade se reúnem, a partir das 13h30 na Praça Santos Andrade, e seguem até a Boca Maldita com carros de som e distribuição de panfletos.

O programa Sentinela, que atende crianças e adolescentes vítimas de violências, realiza atividades culturais em um palco montado no calçadão da rua XV de Novembro, no centro da capital, durante todo o dia. Os organizadores pretendem chamar a atenção da população para a importância de se combater casos de abuso. Para isso, nos intervalos entre as apresentações haverá orientação sobre como identificar e denunciar a violência.

Em Paranaguá, no litoral do estado, estudantes de projetos sociais entregarão panfletos para os caminhoneiros no pátio do porto. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, está programada a distribuição de material informativo nas praças de pedágio e a fixação de cartazes em veículos do transporte coletivo.

Uma história em quadrinhos educativa será lançada em Londrina, no Norte do estado. O gibi, desenvolvido por acadêmicos de Design da Universidade Estadual de Londrina (UEL), mostra as conseqüências do abuso, as formas de defesa, os mecanismos de denúncia e como deve ser o acolhimento dos meninos e meninas explorados.

Em Foz do Iguaçu, no Oeste, a mobilização ocorre nas aduanas, no terminal de transporte urbano e no parque nacional. Em cada ponto, educadores estarão esclarecendo dúvidas da população.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil foi instituído em 2000. A data foi escolhida em razão do "Caso Aracelli", que teve repercussão nacional. Num crime brutal uma menina foi seqüestrada, violentada e morta em 18 de maio de 1973, em Vitória, no Espírito Santo.