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Peritos da Polícia Técnico Científica de São Paulo marcaram sinais de uma poça de sangue na faixa exclusiva de ônibus da Avenida General Olímpio da Silveira, embaixo do Minhocão, durante reconstituição do atropelamento do zelador aposentado Florisvaldo Rocha, de 78 anos, morto na segunda-feira (17) após colisão com o administrador de empresas Gilmar Raimundo de Alencar, de 45 anos, que estava em uma bicicleta.

A poça foi indicada pelo próprio ciclista, ao apontar o ponto exato em que ele atingiu o aposentado. Na versão encenada sob coordenação dos peritos, o ciclista estava fora da ciclovia, na rua, e o pedestre, fora da faixa de pedestres.

Os peritos não falaram com a imprensa. O delegado Lupércio Antônio Dimov, titular do 23° Distrito Policial (Perdizes), afirmou que aguardará o laudo técnico do caso. Na quinta, à reportagem, ele havia declarado ao que suspeitava que Alencar podia ter “se confundido” com suas declarações iniciais. Alencar sustentava que estava na rua no momento do acidente, não na ciclovia.

“Estava na faixa de ônibus. Se cometi qualquer infração, devo ser responsabilizado”, disse o ciclista, reforçando seu depoimento. “Prestei socorro e estou à disposição da polícia.”

Alencar foi amplamente questionado por jornalistas sobre a ciclovia do Minhocão. “Se há a necessidade de um debate sobre as ciclovias da cidade, não acho que não deve ser por causa desse caso. Falta respeito por parte de todos: o pedestre, o ciclista, o motoqueiro, o motorista e o ônibus.” Em sua avaliação, tanto ele quanto o pedestre morto, que cruzou a via fora da faixa, foram responsáveis pelo acidente, que Alencar tornou a lamentar.

A perícia durou cerca de 40 minutos. Um casal de peritos tirou fotos dos ângulos de visão de pedestre e ciclista no ponto do acidente - onde há uma das vigas do Minhocão - e fizeram medições das grades de isolamento da via.

A polícia deve ouvir, ainda nesta sexta-feira (21) o filho da vítima e a zeladora do prédio onde ele morava.

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