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 | Letícia Akemi/Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo/Arquivo

Casos recentes, ocorridos nas últimas semanas, em Curitiba, indicam a atuação de uma quadrilha especializada em roubar relógios de marcas valiosas – a chamada “gangue do Rolex”. Os ataques se concentram em arredores de shoppings localizados no bairro Batel. As vítimas são clientes que se dirigiam aos estabelecimentos ou que tinham acabado de sair desses locais.

Na última terça-feira (23), o empresário Carlos* (nome fictício) foi alvo da “gangue”. Ele estacionou o carro próximo a um shopping e seguia a pé ao centro comercial. Ao lado do acesso à garagem do estabelecimento, foi abordado por um homem, que estava armado com um revólver. “Ele só pediu o Rolex. Não pediu dinheiro nem celular, nada”, contou. “O relógio não saia do meu braço, então ele me puxou pelo braço”, disse o homem, que tem 70 anos.

Segundo a vítima, o assaltante fugiu em uma moto vermelha, que estava com a placa encoberta por um saco plástico preto. Ele não conseguiu ver se alguém deu cobertura. Toda a ação teria sido testemunhada pelo segurança do shopping. “Eu fui conversar com ele [o segurança], mas ele disse que não pode intervir em nada que acontece do lado de fora, e que, como o bandido estava armado, poderia ser pior”, disse o empresário.

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), unidade da Polícia Civil especializada na investigação deste tipo de caso, confirmou que “alguns” boletins de ocorrência foram registrados nas últimas semanas por pessoas que tiveram relógios de alto valor roubados de maneira semelhante, mas não informou exatamente quantos foram. O delegado Matheus Laiola mdisse que não pode dar detalhes sobre as investigações e sobre a atuação dos suspeitos, para não comprometer os trabalhos. “Podemos ressaltar apenas que estamos apurando”, disse.

Essa não é a primeira vez que Curitiba sofre a ação de quadrilhas focadas em roubar relógios de marca. Um delegado que já foi chefe da DFR aponta, em geral, essas quadrilhas cometem poucos assaltos por dia e sempre “estudam” as vítimas. Os suspeitos costumam se revezar de função, entre quem faz abordagem e quem dá a cobertura. Na avaliação dele, a análise dos dados das ocorrências anteriores é determinante para a prisão da quadrilha.

“O objetivo deles é o roubo. Então eles não querem errar. Eles querem pegar o relógio e sumir. Quanto menos chamarem a atenção, é melhor. Por isso, as ações são rápidas”, disse o policial, com a condição de não se identificar.

Depois do assalto, Carlos* passou a se sentir inseguro. Ele ressalta que o relógio não estava à mostra, mas encoberto pelo paletó. “Eu não sei como ele sabia que eu estava com um Rolex”, afirmou.

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