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Maioria dos torcedores tem vínculos com a Império Alviverde | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Maioria dos torcedores tem vínculos com a Império Alviverde| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam na manhã deste sábado (12), 15 acusados de envolvimento no episódio de violência no domingo passado no Estádio Couto Pereira, após o jogo do Coritiba com o Fluminense. A polícia também apreendeu uma espingarda calibre 36, um revólver calibre 32, um de 38, meio quilo de maconha e computadores nas casas de torcedores detidos.

Os presos são acusados por seis crimes: tentativa de homicídio do Policial Militar Luiz Ricardo Gomide, ameaça de morte a diretores do clube, lesão corporal, dano qualificado, formação de quadrilha e invasão do campo, esta de responsabilidade da Justiça Desportiva. As sedes da torcida organizada Império Alviverde, localizadas no estádio e na Rua Ubaldino do Amaral, foram interditadas pela Justiça e permanecem fechadas até o fim das investigações. Nestes locais foram apreendidos materiais de torcida e computadores.

A maioria dos presos pertence à Império. Entre eles estão Reimackeler Alan Graboski, 30 anos, vice-presidente da torcida organizada; Oswaldo Fernando Dietrich, 36 anos, funcionário do departamento de marketing do Coritiba Futebol Clube e pela segurança dos eventos no estádio – ambos flagrados em vídeo cometendo agressões – e Miguel Antônio Chyla Ribas, 25 anos, chefe da bateria da torcida que teria articulado a invasão. Graboski já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma.

A polícia acredita que os presos participaram de uma ação planejada por membros da Império e torcedores não filiados para protestar contra o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro. Os investigadores se baseiam nas imagens captadas por várias emissoras de televisão, nos depoimentos de 60 pessoas, mais de 100 denúncias por telefone e em mensagens eletrônicas e ameaças de morte aos diretores do clube, que revelariam a articulação.

De acordo com o delegado do Cope que comanda as investigações, Miguel Stadler, alguns presos não estavam presentes no momento da violência, mas teriam planejado da ação. Mais 30 pessoas já foram identificadas e devem ser interrogados nos próximos dias, informa o delegado. Eles podem responder por crimes diferentes daqueles dos presos neste sábado.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Luiz Fernando Delazari, defendeu a proibição das torcidas organizadas. "Para quem tinha dúvidas a respeito da extinção das organizadas, essas dúvidas foram sanadas. São organizações criminosas. No Paraná, elas não terão mais espaço para cometer crimes", disse em entrevista coletiva. Delazari antecipou que medidas devem ser tomadas para extinguir legalmente essas entidades e que está conversando com o clube para remover do estádio uma das sedes da torcida.

Presos

Os 15 presos foram apresentados e resolveram se manifestar. Dietrich se considera perseguido e disse que as imagens que o mostram agredindo um torcedor do fluminense foram mal interpretadas. "Ele estava invadindo o campo e eu o derrubei para que não conseguisse", defendeu-se. Graboski, filmado arremessando objetos contra policiais, admitiu a agressão e disse que foi tomado pela emoção do rebaixamento do Coritiba.

Duas pessoas já estavam presas desde segunda-feira na segunda-feira.Gilson da Silva, de 20 anos, foi filmado por emissoras de televisão agredindo o PM Gomide com uma barra de ferro. Geison Lourenço Moreira de Lima, foi fotografado pela imprensa arremessando um banco que viria a atingir um grupo de policiais militares.

Quebra-quebra

Abriga começou no estádio Couto Pereira, logo após o rebaixamento do Coritiba para a Série B do Campeonato Brasileiro, e tomou as ruas da capital paranaense no último domingo (6). Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas, incluindo um rapaz que teve traumatismo craniano, um policial que chegou a desmaiar no campo e uma mulher que perdeu três dedos.

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