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Estão presos, desde a noite de sexta-feira, dois homens apontados pela polícia do Rio de Janeiro como os responsáveis pela venda de uma das armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira.

O chaveiro Charles Souza dos Santos e o desempregado Isaías da Silva foram detidos por policiais militares do 21.º Batalhão, de São João de Meriti, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio. A prisão aconteceu após os policiais serem informados por uma terceira pessoa sobre a conversa entre Santos e Silva, na qual a dupla afirma que a arma vendida para o "Sheik" (apelido de Wellington), estava "afiadinha".

O revólver calibre 32 teria sido vendido por R$ 260, mas Santos e Silva teriam ficado apenas com R$ 30 cada. O nome fornecido pela dupla ao delegado Felipe Renato Ettore, titular da Divisão de Homicídios (DH) do Rio, como sendo o do dono do revólver, aparece nos dados da polícia como desaparecido ou morto. A polícia agora espera conseguir junto à Justiça um mandado de prisão para os rapazes.

O outro revólver calibre 38 está com a numeração raspada. Além das armas, o atirador ainda usava colete a prova de balas, um cinturão com munição e um equipamento para recarregar as armas com agilidade. Wellington teria feito ao menos 66 disparos que mataram 12 crianças e deixaram outras 12 feridas, além de seu suicídio. Dez alunos baleados continuam internados em seis hospitais do Rio – três estão em estado grave.

Enterros

Onze das 12 vítimas do massacre foram enterradas na sexta-feira. O corpo da garota Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, última a ser identificada por familiares, foi cremado nesse sábado, no Crematório do Me­­morial do Carmo, no Ce­mitério do Caju.

Já o destino do corpo de Wellington pode ser bem diferente do que o solicitado na carta que deixou escrita, achada em seu bolso após o suicídio. Em vez do lençol branco pedido e do sepultamento ao lado da cova da mãe, ele pode terminar numa cova rasa, como indigente. É o que acontecerá se, em até 15 dias, a família não reclamar o corpo dele.

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