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Policiais cercaram o Complexo Médico Penal após princípio de rebelião | Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais cercaram o Complexo Médico Penal após princípio de rebelião| Foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Dois agentes penitenciários foram feitos reféns

Dois agentes são reféns de 130 presos na galeria quatro do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, há mais de seis horas. O motim começou por volta das 15h, na tarde desta quinta-feira (26). De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), não há feridos. Por volta das 21 horas, advogados dos presos que começaram a confusão compareceram ao CMP e ingressaram no prédio. Até por volta das 22h20, as autoridades tentavam negociar o fim da rebelião.

O capitão da PM Márcio Roberto da Silveira, do Batalhão de Guarda, informou que os presos que começaram a confusão fazem parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele relatou que a rebelião começou às 15 horas depois que quatro presos da Casa de Custódia de São José dos Pinhais foram para o complexo para serem medicados, após alegarem problemas de saúde. Quando eles foram sair das celas para voltar à Casa, dominaram dois agentes penitenciários.

Questionado sobre a presença de armas no presídio, o capitão disse que os presidiários utilizam um tipo de armamento rústico confeccionados pelos próprios internos. "É o estoque [o tipo de arma improvisada feita pelos presos] que eles estão usando como armamento. Pegaram os agentes de surpresa e não houve tempo de se defender."

O complexo possui três partes. Uma delas é onde os presos recebem tratamento médico e uma a segunda é destinada a pacientes que necessitam de cuidados psiquiátricos. O motim ocorre na galeria 4, da terceira parte do complexo, que é onde ficam as celas, na parte esquerda do acesso aos prédios. No local onde ocorre o movimento estão 130 presos.

O capitão diz que os presos exigiram a presença de um membro do Ministério Público do Paraná, além de um advogado. Eles pedem também melhorias nas condições carcerárias.

A Seju informou, via assessoria de imprensa, que a Polícia Militar (PM) foi acionada e promove uma negociação com os presos que mantém os agentes penitenciários reféns. Os policiais entraram no presídio e coordenam os trabalhos, que contam com o apoio do Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen-PR).

Cezinando Paredes, um dos representantes do Depen, informou à reportagem que os presos ainda não tinham apresentado uma lista de reivindicações aos negociadores. Foi solicitado a eles que coloquem em um papel o que querem para que as conversas com os policiais tenham continuidade.

Logo no início da rebelião, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), José Roberto Neves, disse que recebeu as primeiras notícias de um agente penitenciário que trabalha no local. Segundo ele, toda a galeria teria se agitado após o início da situação.

9º Distrito Policial

Um princípio de tumulto foi controlado durante a tarde desta quinta-feira no 9º Distrito Policial de Curitiba. No local, estão 28 presos em um espaço para quatro pessoas. Com o calor desta tarde, os detidos pediram que fossem retirados do espaço e transferidos para outras unidades. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, foi acionado e controlou o tumulto.

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