Professora de Curitiba transforma notícias do jornal em fábulas

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Qual é a semelhança entre uma fábula infantil e uma notícia jornalística? Para a professora Luciane de Oliveira Costa, os dois gêneros são complementares. Com a variedade de textos, riqueza de vocabulário e informação atualizada, a Gazeta do Povo se transformou na ferramenta perfeita para a turma de 7.º ano da Escola Estadual Professor Elysio Vianna, de Curitiba, que participa do projeto Ler e Pensar e recebe o jornal diariamente – graças ao patrocínio da empresa Alcion Bubniak.

A ideia surgiu após diagnosticar, nas produções primárias dos alunos, uma dificuldade de vocabulário e de se trabalhar com temas atuais. “Engana-se quem pensa que as fábulas tratam de situações distantes da nossa realidade; ao contrário, representam aquilo com o que estamos acostumados a conviver todos os dias, só que adaptado para a imaginação das crianças”, explica a professora.

Fábulas da vida

A proposta da atividade de Luciane em sala de aula consiste em transcrever as fábulas para a linguagem jornalística e vice-versa, sem deixar de lado as características de cada texto, como a moral da história nas fábulas, por exemplo.

A partir desta ideia surgiram estórias engraçadas, baseadas em reportagens atuais, como a da “Joaninha Minotaura”, inspirada em uma notícia sobre o UFC Curitiba; e a “Festa em Brasília”, uma mistura da fábula Festa no Céu, com uma reportagem investigando as CPIs. A produção dos textos acompanha uma ilustração feita pelo grupo - uma maneira de conciliar linguagens verbais e não verbais e dar asas à imaginação das crianças.

Por fim, as produções ficam expostas no mural da escola, para toda a comunidade apreciar. Sobre a importância do uso das mídias, principalmente do jornal na escola, Luciane conclui: “Relacionar diferentes tipos de texto é uma boa estratégia para que os alunos conheçam outros estilos de escrita e passem a diversificar a estrutura de suas produções”.