O radialista Gleydson Carvalho foi assassinado no início da tarde desta quinta-feira (6) enquanto apresentava ao vivo seu programa em uma rádio no município de Camocim, a 270 km de Fortaleza.
Segundo a Polícia Civil do Ceará, os autores dos disparos chegaram à sede da emissora Liberdade FM em uma moto e entraram no prédio após fingirem estar interessados em fazer um anúncio.
A recepcionista foi rendida e os bandidos foram até o estúdio, onde Gleydson apresentava o programa Liberdade em Revista.
O radialista foi atingido por três tiros na cabeça. Foi socorrido, mas acabou morrendo no hospital.
O delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Andrade Júnior, designou uma equipe de policiais e agentes do Departamento de Inteligência para investigar o caso.
Chamado de “Amigão”, Gleydson era conhecido por denunciar irregularidades cometidas por políticos da região em seu programa.
Em nota, o presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Pimentel Slaviero, afirmou que há um aumento de crimes contra jornalistas.
“A Abert considera extremamente preocupante o aumento dos atos de violência que buscam impedir a livre e necessária atuação da imprensa e apela às autoridades do Ceará para que apurem, com rigor, mais este crime, que não pode ficar impune”, afirmou.
Este foi o segundo caso de radialista assassinado no Ceará num período de pouco mais de um ano.
Em março de 2014, o radialista Patrício Oliveira, 39, foi morto no município de Brejo Santo (501 km da capital) ao sair da sede da rádio Sul Cearense, onde atuava como repórter policial.
De acordo com testemunhas, dois homens entraram no estúdio, atiraram e fugiram em uma moto. O radialista chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A polícia afirma que ele havia recebido ameaças pelo Facebook. A suspeita é de que o crime tenha motivação política.
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