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Rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II |
Rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II| Foto:

Richa diz que as rebeliões vão ter um fim "agora"

Em carreata por bairros de Curitiba e região metropolitana, o governador Beto Richa (PSDB) afirmou estar "muito preocupado" com as frequentes rebeliões que o sistema prisional do Paraná vem enfrentando. Foram 20 rebeliões apenas nos últimos 10 meses, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen).Leia mais

  • Rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II

Dois reféns da rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II, na Região Metropolitana de Curitiba, foram libertados. Um deles é um agente penitenciário e outro é um detento, que encaminhado para o Complexo Médico Penal.

Desde ontem, sexta-feira (12), os amotinados mantinham dois agentes penitenciários como reféns. A Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) não foi informa quantos detentos estão entre os reféns. Antes do início da liberações, familiares que estão no entorno da penitenciária afirmam que seriam sete os presos que estão entre os reféns. A principal exigência dos rebelados seria a realização de transferências.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, houve um acordo para transferência de trinta presos e liberação de um agente penitenciário. Mas as medidas acertadas ainda não ocorreram.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 55 detentos estão sendo transferidos. Eles devem ser levados para Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais e Araucária. Há uma lista com mais 13 detentos que devem ser transferidos para Joinville e Porto União.

Acidente

As negociações com os rebelados estavam se encaminhando para o fim quando ocorreu um acidente. Um preso subiu na rede de proteção que fica sobre o pátio onde os presos tomam sol e caiu. Os rebelados acharam que se tratava de alguma armadilha e diminuíram o ritmos das negociações.

O Siat foi chamado, mas não pôde entrar na penitenciária. O detento permanece lá dentro, está ferido, mas não há mais informações sobre seu estado.

A secretária de Justiça do estado, Maria Tereza Uille Gomes, está na instituição na tentativa de chegar a um acordo definitivo.

Envolvidos

Os detentos que deram início ao motim são do chamado seguro (local onde ficam ex-policiais condenados e estupradores, por exemplo). Ele seriam de um grupo rival a uma grande facção criminosa de São Paulo.

De acordo com a OAB, há 300 presos estão na galeria onde está ocorrendo a rebelião.

Em nota, a Seju declarou que "não vai admitir atos de barbárie no sistema penitenciário paranaense" e que desde as primeiras horas da rebelião foi constituído o Gabinete de Gestão de Crises na sede da Secretaria da Segurança Pública, assim como há uma equipe tática no local.

A nota ressalta também que o motim teve início "coincidentemente no mesmo horário em que o Governo do Estado estava reunido e em negociação com o Sindicato dos Agentes Penitenciários".

Seju informou errado

A Seju passou uma informação errada, pela assessoria de imprensa, de que 21 detentos que não estavam diretamente envolvidos no motim haviam conseguido transferência, pois teriam pedido para sair porque estavam com medo. Após a publicação dessa informação no site da Gazeta do Povo, a Secretaria corrigiu e disse que ainda não há nenhuma transferência confirmada.

Manifestação

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen)está planejando para próxima quarta-feira (17) uma manifestação em frente ao Palácio Iguaçu para pedir mais segurança no trabalho da categoria.

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