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Camila Pitanga na pele de Bebel | Arquivo Gazeta do Povo
Camila Pitanga na pele de Bebel| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Os adolescentes suspeitos de envolvimento na morte da universitária Ana Cláudia Caron, em 22 de agosto deste ano, assim como testemunhas de defesa e acusação, estão sendo ouvidos no Fórum de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, na manhã desta quarta-feira (19). A audiência começou por volta das 10 horas e deve durar o dia todo, de acordo com estimativa da juíza da Infância e da Juventude no município, Josiane Ferreira Machado Lima. A sentença não deve sair nesta quarta-feira.

De acordo com a juíza Josiane, a legislação prevê que a sentença saia até 45 dias a partir da data em que foram apreendidos. Os rapazes, de 15 e 18 anos (completados quatro dias após a morte da jovem, o que gerou polêmica sobre o tipo de processo), estão detidos na Delegacia do Adolescente, no bairro Tarumã, em Curitiba, desde o dia 27 de agosto. O resultado da audiência, portanto, deve ser conhecido até o dia 11 de outubro.

Além dos adolescentes, serão ouvidas outras oito testemunhas, sendo quatro de defesa (vizinhos e amigos dos suspeitos que falarão sobre o comportamento dos jovens) e quatro de acusação (convocadas pelo Ministério Público por terem presenciado o momento em que Ana Cláudia foi abordada e seqüestrada pelos jovens.

No dia 29 de agosto, os adolescentes foram ouvidos pela mesma juíza. Eles apresentaram versões diferentes e deixaram muitas dúvidas no depoimento. O mais velho teria envolvido o suposto traficante Weryckson Ricardo de Pontes, de 19 anos, no crime. Até então, Pontes era acusado apenas de guardar a arma usada para atirar na universitária.

Os rapazes estão sendo processados dentro das regras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por latrocínio, estupro, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver. Se fossem maiores de idade, o crime hediondo poderia lhes render penas entre 27 e 53 anos. Mas como eles são adolescentes, o ECA prevê a internação de três anos.

Ana Cláudia Caron tinha 18 anos e era estudante de Educação Física na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi seqüestrada na noite do dia 21 de agosto deste ano, quando estacionava o seu carro próximo a uma academia de artes marciais que freqüentava, na Rua Paula Gomes, no bairro São Francisco, em Curitiba. O corpo dela foi encontrado dois dias depois sem roupas, com um tiro na boca e queimado em um matagal em Almirante Tamandaré.

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