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O desembargador Antonio Loyola Vieira, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), concedeu um habeas corpus ao ex-líder ruralista Alessandro Meneghel para que ele cumpra prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento. Meneghel é réu confesso do assassinato do policial federal Alexandre Drumond Barbosa, morto em frente à uma casa noturna de Cascavel, no Oeste, no dia 12 de abril de 2012. Desde então o ruralista está preso na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC).

A decisão em caráter liminar foi vista com estranheza pelo advogado Luciano Katarinhuk, assistente de acusação. Ele diz que todos os demais habeas corpus foram negados e que o pedido julgado na última segunda-feira (6) foi impetrado por um advogado que até então não fazia parte da defesa do ruralista e a sentença saiu no mesmo dia. “Fomos surpreendidos com essa decisão”, diz Katarinhuk.

O advogado pretende cassar a liminar antes que o ruralista seja liberado para cumprir a pena em casa. Até o final da tarde desta quarta-feira (8), Meneghel seguia preso porque havia algumas documentações pendentes para que ele fosse liberado.

O desembargador aceitou o argumento do advogado Eliseu Gonçalves da Silva alegando que o ruralista terá o papel de cuidar da sua mãe que está com sérios problemas de saúde em decorrência de problemas cardíacos. “Entendo que as teses assentadas, por ora, em sede de cognição sumária e prévia, merecem ser acolhidas. Depreende-se dos documentos acostados ao feito que a genitora do paciente, Sra. Maria Cecilia Moretti Meneghel, encontra-se acometida de doença cardíaca grave, com eminente risco de morte, necessitando de acompanhamento”, escreveu o desembargador em seu despacho.

O juiz sentenciou ainda que Meneghel deverá entregar o passaporte à polícia e usar tornozeleira eletrônica. Uma das preocupações da assistência de acusação é de que o ruralista possa fugir ao deixar o presídio.

Katarinhuk estranha o argumento já que Meneghel não é filho único e a família tem condições financeira de pagar um profissional de enfermagem para cuidar da mãe do ruralista.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do ruralista.

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