• Carregando...

Ao ser reprovado na prova teórica do Revalida, o médico Mohammed Feras Al-lahham saiu em busca de informações em universidades que optaram por conduzir processos próprios de reconhecimento do diploma de médico. Chegou a gastar quase R$ 10 mil com os deslocamentos entre os estados. Em Cuiabá, conseguiu se inscrever no processo da Universidade Federal de Mato Grosso. Já cumpriu quatro etapas. Na últim, contudo, surgiu um novo obstáculo: a necessidade de um estágio de um ano em qualquer hospital do país.

Para evitar novas despesas e permanecer ao lado da família, em Curitiba, Mohammed tentou o apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para fazer um estágio ao menos de janeiro a março no Hospital de Clínicas, mas seu requerimento foi recusado.

Procurada, a diretora do setor de Ciências da Saúde da UFPR, Claudete Reggiani Mello, afirma que a negativa ocorreu principalmente porque a instituição já participa do Revalida. “Nós já aderimos ao exame nacional. Não podemos aceitar ninguém que esteja participando de processos em outras universidades”, afirma. Segundo ela, a faculdade abre espaço para estagiários de fora, independentemente do Revalida, mas a abertura de vagas “é difícil”. “Mal conseguimos vagas no HC para os nossos alunos. Temos nossos espaços tomados pelos alunos daqui. Nosso campo de estágio está no limite”, argumenta.

Mohammed agora inicia contato com universidades estaduais do Paraná para tentar o estágio obrigatório. Pelas regras da universidade do Mato Grosso, ele tem até julho para iniciar um estágio. Caso contrário, corre o risco de ver anuladas todas as outras etapas já vencidas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]