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Em entrevista à Gazeta do Povo, o pró-reitor de Pesquisa e Graduação da UFPR, Edilson Silveira, afirma que a instituição reconhece a importância do CME, “um laboratório multidisciplinar, utilizado por pesquisadores de várias áreas da universidade”, mas que há outros fatores envolvidos no processo de busca por recursos. “Sabíamos que, para que o equipamento atingisse a sua performance máxima, o ambiente precisava ser adequado. Mas, nunca se entendeu, em nenhum momento, que a UFPR teria condições, sozinha, de bancar esse investimento em estrutura”, afirmou ele.

Mas, Silveira disse que há esforços para que a situação seja resolvida. “Professores da UFPR foram para Universidade Federal de Minas Gerais conhecer o centro de microscopia de lá. E uma cópia do projeto do centro de microscopia deles foi doada para a gente. Já definimos um local para a construção de um novo laboratório, mas precisamos de recursos”, explica.

“Há duas alternativas: buscar recursos na Finep ou tentar incluir a obra em alguma emenda parlamentar. Mas, em qualquer das hipóteses, não há perspectiva de que isso saia em curto prazo”, pontua. Atualmente, lembra Silveira, as universidades não conseguem fazer grandes investimentos com o orçamento próprio, reservado principalmente para a folha de pagamento, e, por isso, contam com verbas adicionais.

Silveira menciona ainda que o próprio dinheiro da Finep, se liberado, pode não ser suficiente para a compra do equipamento. “O custo do equipamento é definido em moeda euro. Em 2011, quando elaboramos o projeto para apresentar para a Finep, o euro estava em R$ 2,30. Hoje está 50% a mais do que isso. Ou seja, aquele preço que eu cotei lá atrás pode não servir mais. Fora a evolução tecnológica. Até a liberação da verba, outras tecnologias podem surgir. Fazemos sempre um planejamento, mas isso não é estático. E é normal, não só no setor público”, afirma

A liberação de uma verba pela Finep também depende do desempenho orçamentário da própria empresa pública. De 2012 até agora, dentro dos R$ 11 milhões previstos para os projetos da UFPR, apenas uma parcela de quase R$ 5 milhões foi efetivamente liberada pela Finep, em março de 2013, para o projeto das obras do Centro de Desenvolvimento e Inovação em Materiais e Biomateriais e do Biotério Central.

“Há uma atenção especial da UFPR ao CME, tanto que já temos lá seis equipamentos de última geração. Nunca na sua história ele esteve tão equipado. O microscópio eletrônico de alta resolução é importante, mas o CME não vive em função desse aparelho”, pondera o pró-reitor. (CS)

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