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Caio Henrique Matthes, de 6 anos, teve de tomar soro por causa de desidratação | Walter Alvez / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Caio Henrique Matthes, de 6 anos, teve de tomar soro por causa de desidratação| Foto: Walter Alvez / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Veja os cuidados para evitar vômito e diarreia

- Redobre os cuidados básicos de higiene. Isso pode evitar diversas doenças.

- Lave as mãos várias vezes ao dia, principalmente quando chegar da rua e antes das refeições. A higienização deve ser feita com água e sabão.

- Tenha atenção à higiene e à conservação dos alimentos, principalmente, se estiverem crus.

- Não tome remédios para interromper a diarreia. O caso pode evoluir para uma infecção grave. Vá ao médico, que lhe indicará o melhor tratamento.

- Redobre a atenção com relação às crianças, pois é comum levarem as mãos à boca com frequência. E se não estiverem limpas, pode haver risco de contaminação.

- Evite contato com a água proveniente de alagamentos.

Um surto de virose foi registrado no Litoral do Paraná no início deste ano. Apenas na primeira semana de janeiro - entre os dias 2 e 8 -, 564 pessoas procuraram atendimento médico em Matinhos. Os sintomas principais são diarreia e vômito. No mesmo período foram 213 casos em Guaratuba e 210 em Pontal do Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

O agente infeccioso responsável pelos casos de Guaratuba é o Norovírus. "Estamos estudando os casos de Matinhos e Pontal do Paraná. Ainda não sabemos o que causou as viroses nesses dois municípios", afirmou Miriam Woiski, chefe do departamento de Vigilância e Controle de Agravos Estratégicos da Sesa.

Em janeiro de 2010 também houve aumento do número de casos de diarreia e vômito nas praias do Paraná e no litoral paulista. Em ambos os casos o causador foi o Norovírus.

A Sesa não tinha números fechados sobre os casos de virose nas semanas posteriores desse mês. A exceção é Guaratuba, onde havia o registro de que 122 pessoas - com diarreia e vômito - procuraram atendimento médico entre 9 e 15 de janeiro. Segundo Miriam, o surto ocorreu na primeira semana do ano e desde então tem caído o número de veranistas e moradores do Litoral com os sintomas. A Sesa faz o monitoramento dos casos.

Em Matinhos, casos de virose ainda têm sido registrados. Segundo o enfermeiro supervisor do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, Michel Roxinol, nesta segunda-feira (31) foram feitas entre 20 e 30 consultas em pacientes que apresentavam os sintomas.

O Norovírus não é letal, porém, tem alta transmissibilidade. Como a pessoa contaminada apresenta diarreia e vômito, corre o risco sofre desidratação, o que pode levar a morte. Os pais devem estar atentos à saúde das crianças, pois são sensíveis e a possibilidade de ficarem desidratadas é maior.

Um dos veranistas que foi acometido pela virose foi o pequeno Caio Henrique Matthes, de 6 anos. A mãe da criança, a assistente social Débora Matthes, 37 anos, de Curitiba, contou que apenas o menino teve os sintomas na família. Ele foi levado ao hospital, onde teve de tomar soro. "Pela manhã (dessa segunda-feira) ele começou a passar mal, com vômito e diarreia, antes disso estava tudo normal", relata.

O médico Sandro Moraes explicou que, inicialmente, os pacientes que chegam ao hospital recebem soro e normalmente são liberados. "O calor sempre é acompanhado por viroses. São casos simples, que em um ou dois dias estão resolvidos", afirma.

A principal forma de contaminação é a ingestão de alimentos e água contaminados com o vírus. Para evitar a disseminação do Norovírus é fundamental reforçar os cuidados com a higiene, alerta o médico infectologista José Luiz de Andrade Neto, diretor científico da Sociedade Paranaense de Infectologia.

O vírus está presente nas fezes, vômito e outras secreções. É por isso que se deve ter atenção redobrada com a manipulação de alimentos.

"É fundamental lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia. Isso deve ser feito, principalmente, antes de preparar e fazer refeições, quando chegar da rua e após ir ao banheiro", reforça Andrade Neto. O médico disse não ter conhecimento de casos de pessoas que foram contaminadas com o vírus após terem entrado no mar.

A virose dura, em média, até três dias. Outros sintomas são dores abdominais, náuseas e em alguns casos febre e tremores de frio. Quem tiver sintomas deve procurar uma unidade de saúde.

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