Alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato, o publicitário baiano João Santana, 53 anos, conduziu o marketing das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014). É apontado como um dos principais conselheiros políticos da petista e responsável pela “embalagem” de programas como o Minha Casa, Minha Vida e pelos slogans das duas gestões: “Brasil, país rico é país sem pobreza” e “Brasil, pátria educadora”.
Santana também é badalado por outros líderes da esquerda latino-americana. Atuou nas campanhas vitoriosas de Hugo Chávez (2012) e Nicolás Maduro (2013), na Venezuela, de Maurício Funes (2009), em El Salvador, e de Danilo Medina (2012), na República Dominicana.
Há 10 dias, Santana encaminhou uma petição ao juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, para ter acesso ao inquérito que cita seu nome na operação. O juiz negou e ainda ironizou o pedido no despacho.
“Foram instauradas investigações que ainda tramitam em sigilo. Medida como rastreamento financeiro demanda para sua eficácia sigilo sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. Como diz o ditado, dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre”, escreveu Moro.
Em resposta, Santana disse estar disposto a prestar depoimento tão logo seja convocado pelo magistrado.
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