A reunião da presidente Dilma Rousseff com 13 ministros para discutir investimentos em infraestrutura terminou inconclusiva no último sábado (dia 25), após 10 horas de discussões. O encontro ocorreu num momento em que o governo tenta avançar no lançamento de uma nova rodada de concessões em infraestrutura, antecipada pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy. No fim de março, Barbosa disse que o governo anunciaria “nos próximos dias” concessões de mais três aeroportos, de Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). Dilma, no entanto, teria cobrado na reunião a ampliação do número de aeroportos que serão licitados.
Levy disse, na semana passada, em reunião no Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, nos Estados Unidos, que o governo apresentaria até o início de maio um novo pacote de concessões. A expectativa é de que o anúncio de novos investimentos, em um momento de dificuldade da economia brasileira, possa criar um ambiente positivo em um cenário de inflação elevada, ajuste fiscal e de expectativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB).
Participantes
Entre os primeiros a chegar ao Palácio da Alvorada, antes das 9 horas, estavam Barbosa e Levy e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O ministro Edinho Araújo, da Secretaria Especial de Portos, foi o último a chegar, por volta das 18 horas. Além de ministros, estiveram presentes também técnicos do governo e quatro representantes dos bancos públicos. Entre os técnicos estavam quatro secretários da Fazenda: Tarcísio Massote de Godoy (Secretário-executivo), Fabricio do Rozario Valle Dantas Leite (secretário-executivo adjunto), Marcelo Barbosa Saintive (Tesouro Nacional) e Paulo Guilherme Farah Corrêa (Acompanhamento Econômico). Ao término do encontro, o Palácio do Planalto anunciou que novas reuniões devem ser programadas para os próximos dias.
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