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Eduardo Cunha se mantem firme na presidência da Câmara, mesmo sob fogo cerrado. | Antônio Cruz/Agência Brasil
Eduardo Cunha se mantem firme na presidência da Câmara, mesmo sob fogo cerrado.| Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Eduardo Cunha sabe que, mesmo depois das denúncias sobre suas contas bancárias na Suíça, não está sozinho. O presidente da Câmara chegou ao cargo em função de sua habilidade como articulador e parece contar com isso neste momento. O ataque a Dilma Rousseff virou sua principal arma de defesa: mas com quem ele conta para o ataque?

Os partidos de oposição a Dilma vinham sendo seu principal sustentáculo. PSDB, DEM e PPS somam 102 deputados. Mas a oposição teve de fazer pelo menos um movimento simbólico na semana que passou para não dar recibo de que toparia tudo (inclusive apoiar Cunha depois de denúncias graves) para depor Dilma. Os líderes das bancadas foram a público dizer que Cunha deveria se afastar temporariamente do cargo. Mas, antes, esperam que ele inicie o processo de impeachment de Dilma.

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Além da oposição, porém, Cunha tem hoje pilares políticos em três fortes bancadas: a dos evangélicos, a dos ruralistas e a chamada bancada da bala. Não é apoio desprezível: há 88 integrantes da bancada evangélica e 198 na bancada ruralista. Não é possível somar os números, porque muitas vezes um mesmo parlamentar integra várias frentes. Mas Cunha sabe que o fato de ter seguidores “fiéis” nos três grupos pode ser fundamental para sua permanência no posto. E aposta para isso na fama de quem cumpre os compromissos que assume.

Na oposição, que ainda vê Cunha como “instrumental” para derrubar Dilma, a ordem é municiar o peemedebista com argumentos a favor do impeachment. Nesta segunda, os líderes dos partidos estavam reunidos para definir sua estratégia. Eles farão nesta terça-feira (13) um aditamento ao pedido de impedimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. A ideia dos oposicionistas é incluir no pedido de impeachment relatório do Ministério Público de Contas segundo o qual o governo repetiu as chamadas “pedaladas fiscais” em 2015.

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