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A indicação de Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal, em um momento político delicado, gerou um debate acirrado no Brasil sobre a influência que seus posicionamentos ideológicos poderiam ter em sua atuação como ministro.

Pela primeira vez, depois de muito tempo, houve questionamentos não só da opinião pública, mas do próprio Senado à indicação feita pela presidente da República. O processo foi exaustivo, principalmente para o indicado, que enfrentou mais de 12 horas de sabatina.

Por mais controvérsias e interesses que tenham envolvido o processo de escolha, tudo isso legitimou a escolha do novo ministro e fortaleceu os três poderes envolvidos. Mas e quando Fachin estiver na corte?

Esse questionamento não deveria recair somente sobre ele, pois todos os ministros têm vida fora dos tribunais e posicionamentos pessoais. O caso de Fachin ilustra algo que é saudável que seja debatido. A atenção da sociedade a todos os membros de todos os poderes é salutar, é um exercício dos direitos democráticos.

Nossa reportagem de capa mostra até que ponto um ministro pode ir. Afinal, não é o fato de ter o cargo que o torna superpoderoso. A Constituição deve balizar as escolhas e a maioria das decisões são em colegiado. É importante que a sociedade entenda como a corte funciona e que, especialmente os operadores do direito, acompanhem como está sendo a postura não de um, mas de todos os magistrados.

Confira também nesta edição a entrevista com o procurador do Ministério Público do Paraná (MPT-PR) Luercy Lino Lopes, que participou da primeira operação que deflagrou trabalho análogo à escravidão no Brasil.

Boa leitura!

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