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Lancha apreendida do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. | Superbid/Divulgação
Lancha apreendida do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.| Foto: Superbid/Divulgação

A Justiça Federal marcou dois novos leilões com bens apreendidos na Operação Lava Jato. Entre os bens estão três lotes de imóveis do doleiro Alberto Youssef, avaliados em R$ 5 milhões, uma lancha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, de lance mínimo de R$ 3 milhões, e seis carros de luxo que, juntos, somam R$ 1,27 milhão.

Os carros serão leiloados na próxima quinta-feira (5), enquanto os imóveis e a lancha, nos dias 13 e 23. As vendas públicas foram autorizadas pela Justiça Federal do Paraná, responsável pelos processos da Lava Jato, operação que já condenou mais de 30 pessoas envolvidas em um esquema de corrupção, entre elas, Youssef e Costa.

O primeiro lote será o de veículos das marcas BMWs e Mercedes Benz, avaliados entre R$ 80 mil a R$ 370 mil. A empresa responsável pelo leilão não cita a quem pertencia os veículos. Para participar online é obrigatório o cadastramento 48 horas antes no site da empresa responsável pelo processo , onde também estão todas as informações sobre os arremates.

BMW M6 avaliada em R$ 370 milNogari Leilões/Divulgação

Já os leilões dos imóveis e da lancha serão realizados de maneira eletrônica, no site da empresa Superbid nos dias 23 e 23 de novembro. Os dois processos de venda terão início às 14 horas. O valor mínimo da venda dos bens no primeiro leilão será o da avaliação judicial que cada um dos produtos e imóveis recebeu.

No segundo dia, o valor mínimo para a venda dos bens será o correspondente a 80% da avaliação judicial.

Confira os bens que serão leiloados:

1) Seis apartamentos do tipo flat no Hotel Blue Tree Premium, localizados em Londrina (PR), pertencentes à empresa GFD Investimentos Ltda, controlada por Alberto Youssef. Lances iniciais entre R$ 145 mil e R$ 190 mil (cada um);

2) 37,23% do prédio Connect Smart Hotel (antigo Web Hotel Salvador), em Salvador (BA), em nome da GFD Investimentos Ltda – controlada por Alberto Youssef – que será vendido em nove lotes: oito partes ideais de 4% do imóvel (cada) avaliadas em R$ 418.194,06 (cada uma) e uma parte ideal de 5,23% do imóvel, avaliada em R$ 546.788,77;

3) Um terreno localizado no Condomínio Villagio de Engenho, em Cambé (PR), com área global de 1.266,62 m², avaliado em R$ 180 mil. O imóvel não está registrado em nome de Alberto Youssef, porém, com base em documentos que constam nos autos, a propriedade foi atribuída a ele por decisão judicial;

4) Uma lancha denominada Costa Azul, ano 2013, com 13,70 metros de comprimento (45 pés), dois motores de centro com Eixo Volvo Penta, avaliada em R$ 3 milhões. A embarcação está em nome da empresa Sunset Global Investimentos e Participações Ltda, de propriedade de Paulo Roberto Costa, localizada na Marina do Condomínio Portobello Resort e Safari, em Mangaratiba (RJ).

5) Lote de seis carros: BMW M6 coupe LX91 2012/2013; BMW X5 2013/2014; BMW 550i NW51 2008/2009; Mercedes Benz GLK 280 2008; Mercedes Benz SL63 2010 e Mercedes Benz CLS 500 2006/2007 blindada. O conjunto total soma R$ 1.279.000 mil.

MON já tem 270 obras da Lava Jato

O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, abriga 270 obras apreendidas durante a operação Lava Jato.

Somente no ano passado, foram repassadas à Secretaria de Cultura do Paraná 16 obras de importantes artistas, a maioria brasileiros. Os quadros estavam na residência e no escritório da doleira Nelma Kodamo. A suspeita da PF é de que a compra das obras tenha servido para lavar dinheiro obtido irregularmente.

No início de fevereiro de 2015, o MON recebeu outras 48 obras de arte apreendidas na operação. O pacote inclui dois painéis do badalado artista brasileiro contemporâneo Vik Muniz, obras de Romero Britto, um painel do curitibano Sergio Ferro, além de cinco gravuras de Salvador Dalí e várias outras pinturas e fotografias de artistas conhecidos da cena brasileira.

Estas obras estavam no Rio de Janeiro, na mansão do empresário Zwi Skornick, que seria um dos operadores do esquema de propinas cobradas pela Petrobras.

Pouco mais de um mês depois, 139 novas obras foram encaminhadas para o museu. Destes, 131 foram recolhidos na casa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Roberto Duque, que permanece detido em Curitiba. O restante do material foi apreendido na residência do empresário Adir Assad, preso sob a suspeita de ser um dos operadores do envio para o exterior de dinheiro originado de propinas que movimentaram o esquema de pagamento de propina.

Em maio, outras 42 chegaram ao museu, e em agosto, 22 obras de arte apreendidas na 17ª fase da Operação Lava Jato, em uma galeria de arte em Botafogo, no Rio, foram entregues ao MON. De acordo com o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, todas as obras eram do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

No dia 30 de agosto, uma gravura que pode ser do artista espanhol Pablo Picasso foi entregue pela Polícia Federal (PF) ao museu. A obra foi apreendida durante a 19ª fase da Operação Lava Jato com o suposto operador do PMBD no esquema de corrupção na estatal, João Augusto Henriques.

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