Sócia de Marcos Valério recebe habeas corpus
A empresária Margareth Maria de Queiroz Freitas, sócia de Marcos Valério Fernandes de Souza na DNA Propaganda, recebeu nesta segunda-feira habeas corpus do ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta terça-feira (13) a soltura de Marcos Valério, que está preso em Salvador. A decisão é do ministro Sebastião Reis Júnior.
Marcos Valério está preso desde o início de dezembro, sob suspeita de integrar um esquema de grilagem de terras na Bahia. Ele já responde a uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de envolvimento no chamado mensalão do PT.
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, disse que aguarda os tramites burocráticos para que seu cliente seja liberado da sede da Polícia Interestadual - Polinter, centro de Salvador, onde está preso. Ele avalia que Valério pode sair da cadeia nesta terça-feira ou na quarta-feira. "Depende da burocracia", disse Leonardo.
De acordo com informações dos promotores de Justiça da Bahia George Elias Gonçalves Pereira (Barreiras) e Carlos André Milton Pereira (São Desidério), Marcos Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório de Registro Gerais de Imóveis e de Tabelionato de Notas na falsificação de documentos públicos, criando matrículas falsas de imóveis inexistentes e da União. O objetivo era entregar esses documentos para garantir dívidas das empresas de Marcos Valério. As fraudes vieram à tona em 2005, quando foram iniciadas as investigações pela Polícia Civil. Há dez inquéritos policiais sobre o caso.
O esquema de Marcos Valério para "esquentar" propriedades fictícias no município baiano de São Desidério, oeste do estado funcionaria da seguinte forma: ele comprava pequenos terrenos e, ao registrar nos cartórios da região, ampliava a área das propriedades, estipulando um valor das terras infinitamente superior aos terrenos que adquiria. Na época que a polícia começou a investigar o caso, das dez propriedades de Valério no oeste baiano, descobriu-se que pelos menos as fazendas Bom Jesus I e II eram imóveis fictícios.
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