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Renato Duque, ex-diiretor da Petrobras. | Antônio More/Gazeta do Povo
Renato Duque, ex-diiretor da Petrobras.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quarta-feira (29) o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o empresário Julio Camargo e outras três pessoas pelos crimes corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Além de Duque e Camargo, foram denunciados também a advogada Christina Maria da Silva Jorge e os empresários João Antônio Bernardi Filho e Antônio Carlos Briganti.

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A nova denúncia é um desdobramento da 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em junho deste ano, e que teve como alvo os executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez.

De acordo com o Ministério Público Federal, houve favorecimento da empresa italiana Saipem na contratação de obras da Petrobras. O ex-diretor Renato Duque é acusado de receber propina – dinheiro e obras de arte – para favorecer a empresa italiana. João Bernardi era representante comercial da Saipem do Brasil, subsidiária da empresa italiana Saipem S/A. Ele teria oferecido vantagem indevida para Duque para assegurar que a estatal contratasse a empresa italiana para a realização das obras de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos Campos de Lula e Cernambi.

Esquema de lavagem

Segundo os procuradores, os acusados realizavam transações bancárias nas contas da Hayley/SA, offshore uruguaia que mantinha contas na Suíça e que, posteriormente, remetia os valores como simulação de investimentos na sua subsidiária Hayley do Brasil. Por fim, a Hayley do Brasil adquiria obras de arte em seu nome, mas as entregava a Renato Duque como parte do pagamento da vantagem indevida.

Provas do crime

Entre as provas do crime de corrupção relacionadas na denúncia, o MPF aponta o roubo de R$ 100 mil sofrido por João Bernardi quando se dirigia à sede da Petrobras para realizar o pagamento destes valores a Duque. Além disso, os procuradores apontam depósitos de US$ 1 milhão em favor de Duque nas contas da Hayley S/A na Suíça, controlada por João Bernardi. O dinheiro foi internalizado no Brasil por meio de contratos de câmbio que simulavam investimentos de capital estrangeiro no país mediante depósitos na empresa Hayley do Brasil.

Por fim, Renato Duque recebeu de João Bernardi vantagem indevida no valor de R$ 577.431,20, com o auxílio de Christina Jorge e Antônio Briganti, através de 13 obras de arte. A compra foi registrada em nome de João Bernardi e da Hayley do Brasil mas quem dispunha de fato das obras era Renato Duque.

Para que os denunciados desta quarta-feira (29) se tornem réus, a denúncia deve ser aceita pelo juiz federal Sergio Moro.

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