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Cerca de 150 pessoas participaram de um protesto contra a visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil nesta segunda-feira, em Porto Alegre. Representando grupos da comunidade judaica e de defesa dos direitos humanos, homossexuais e mulheres, os manifestantes se reuniram na esquina da Avenida Borges de Medeiros com a Rua dos Andradas portando bandeiras de Israel, faixas e cartazes e distribuíram panfletos a quem passava pelo local entre às 11 horas e às 15 horas.

O presidente da Organização Sionista do Rio Grande do Sul, Ghedale Saitovitch, disse que o Brasil não deveria receber um governante que condena cidadãos à morte só por considerá-los "diferentes". Também lembrou que Ahmadinejad já negou o Holocausto e falou em destruir Israel. "Isso é algo que nós, judeus, temos que levar a sério".

O ativista Célio Golin, do Nuances Grupo pela Livre Expressão Sexual, afirmou que a visita de Ahmadinejad "traz de volta a sombra de regimes que torturam e matam pessoas com as quais eles não concordam". Já Télia Negrão, da Rede Feminista de Saúde, lembrou que "regimes que não separam religião de Estado não são capazes de garantir a democracia".

Para o conselheiro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos Jair Krischke, Ahmadinejad é comparável a Hitler e "o povo iraniano é vítima de um líder que não respeita os direitos humanos". Os manifestantes lembraram ainda que na Segunda Guerra Mundial o Brasil mostrou sua vocação para apoiar as causas da liberdade e da luta contra o preconceito e consideraram "triste e penoso" que agora o País receba Ahmadinejad como convidado oficial.

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