A saída de Alfredo Kaefer do PSDB consolida um movimento que vem esvaziando a representação dos partidos mais tradicionais na bancada federal paranaense. Nos últimos anos, as bancadas de PT, PMDB, PSDB e DEM só encolheram – nenhum dos quatro partidos conseguiu manter o que tinha.
Em 2006, os quatro partidos juntos elegeram mais de dois terços dos deputados federais paranaenses. O PMDB, sozinho, elegeu oito federais. O PT e o PSDB elegeram quatro cada. E o DEM elegeu cinco nomes. Para os outros partidos todos, sobraram nove das 30 vagas disponíveis.
Em 2014, o PMDB elegeu 4, o PT 4, o PSDB 3 e o DEM, nenhum. Somavam 11: ou seja, pouco mais de um terço da bancada. Mas desde então, o PT minguou para dois (perdeu dois deputados para o Partido da Mulher Brasileira) e o PSDB acaba de perder Kaefer para o pequeno PSL. Sobraram 8 para as quatro legendas. Pouco mais de um quarto da bancada.
Quem ficou com essas vagas? Em boa medida, pequenas bancadas. Em alguns casos, bancadas de um só representante, como as de PV, PTB, Solidariedade, PS, PHS, Rede e PSD. Outras, de dois deputados, como as de PSB, PSC, PMB e PR.
Fica a impressão de que os políticos querem se descolar dos partidos que trazem maior “fardo”, em função de várias denúncias. Mas, principalmente de que cada um quer guiar o próprio destino, ser cacique de si mesmo. Ou, como disse um ex-tucano: “É melhor dirigir um Fusca do que ir no banco traseiro de uma van”.
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