O secretário de Planejamento da prefeitura de Curitiba, Fábio Scatolin, defendeu nesta sexta-feira a proposta da Câmara da cidade de construir uma nova sede própria. Há uma discussão em curso entre os vereadores. Parte acha que o fundo de reserva da Câmara deve ser usado na construção da nova sede, e parte acha que o dinheiro deve ser repassado para a prefeitura, especialmente para reduzir a tarifa do ônibus.
Na audiência de prestação de contas do município, Scatolin deu a entender que é favorável à construção do prédio. “Se a Câmara tem recursos p/ investir em uma nova sede, poderá ajudar a cidade, na medida que irá gerar empregos”, disse o secretário.
De acordo com ele, há uma tendência a achar que, em tempos de dificuldade financeira, deve-se optar por cortar os investimentos, para manter o pagamento da folha e do custeio em dia. Mas ele diz acreditar que é importante manter o investimento, e não cortá-lo. Disse que isso são medidas anticíclicas, que ajudam a economia a se recuperar em tempos de crise, com criação de empregos, por exemplo.
A teoria das medidas anticíclicas é conhecida e, segundo a maioria dos economistas, faz sentido. Mas, por outro lado, isso não quer dizer que o prédio seja o melhor gasto, ou a melhor forma de gerar empregos. Ou seja: não elimina a discussão, caso se decida pelo investimento, sobre qual o melhor uso da verba: poderia ser usada para construir mais creches, por exemplo, já que milhares de famílias continuam sem vagas para seus filhos.
Scatolin disse que a própria prefeitura não quer desistir de investimentos, e que quer deixar o plano do metrô pronto, por exemplo, para quando a situação do poder público melhorar a cidade começar a pôr dinheiro na obra.
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