Era inevitável que todas as atenções do debate de ontem da Band estivessem sobre Marina Silva (PSB). Por toda reviravolta causada pela trágica morte de Eduardo Campos e pelo resultado da pesquisa Ibope, que havia acabado de colocar ela como virtual vencedora de um segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).
Quem esperava uma Marina amuada, viu algo completamente diferente. A ex-senadora buscou o confronto direto com Aécio Neves (PSDB) e Dilma, não teve medo de se expor e vestiu de vez a camisa da terceira via. Mesmo sob pressão, manteve a tese de um governo de concertação, em que administraria com nomes de PT e PSDB.
Curioso como ela citou diversas vezes as manifestações de junho. Inclusive para cobrar os pactos que não foram cumpridos por Dilma para acalmar a demanda das ruas. É nos protestos que Marina parece construir uma candidatura mais sólida do que uma mera onda.
Vale destacar que, na maior parte do tempo, Marina se expressou bem. É algo novo – a ex-senadora sempre foi conhecida pelos raciocínios rebuscados e pelas divagações que levam o nada ao lugar nenhum. Sinal de treino, concentração e um algo a mais.
Até semana passada, pairavam dúvidas se ela realmente queria ganhar. Depois do debate, ficou claro que Marina não está para brincadeira.
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Metodologia
A pesquisa Ibope foi realizada entre 23 e 25 de agosto, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S. Paulo. Foram feitas 2506 entrevistas em todo o país. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-428/2014.
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