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O físico e teólogo Adauto Lourenço em foto do início de 2023, em seu laboratório na Carolina do Sul (EUA).
O físico e teólogo Adauto Lourenço em foto do início de 2023, em seu laboratório na Carolina do Sul (EUA).| Foto: Instagram/Adauto Lourenço

Nesta semana, uma nuvem de tristeza envolve nossos corações com o falecimento de um dos maiores cientistas brasileiros: o estimado professor Adauto Lourenço, que nos deixou em 18 de abril, aos 66 anos, uma semana após sofrer um infarto. Embora tivéssemos planejado compartilhar outro texto neste sábado, sentimos a necessidade de prestar esta homenagem.

O professor Adauto foi uma influência marcante em nossas vidas, inclusive para a própria fundação do Instituto Brasileiro de Direito e Religião, que tem como missão “defender a verdade por meio da ciência jurídica, da filosofia, das humanidades e dos saberes técnicos e práticos por meio da promoção de um diálogo aberto, honesto e respeitoso entre as respectivas áreas de conhecimento a fim de avançar no conhecimento integral acerca do homem e sua relação com Deus e, consequentemente, sua vida em sociedade a partir de uma perspectiva cristã”, algo que o professor fez em toda a sua vida.

Adauto transcendeu a mera distinção de ser apenas um físico renomado; ele se tornou um verdadeiro farol de luz para as nações. Testemunhou a harmonia entre fé e razão, ecoando o chamado de Jesus para sermos “luz do mundo” (Mateus 5,14). Em sua vida e ministério, ele personificou a poderosa união entre o conhecimento científico e a fé cristã, buscando compreender os mistérios da criação divina de maneira científica e integrada à sua fé.

O legado de sabedoria, fé e amor de Adauto Lourenço continuará a iluminar os corações e mentes daqueles que buscam compreender os mistérios da vida e do universo

Nascido em Limeira (SP), em 28 de junho de 1958, Adauto era filho de Jaime e Zoraide. Casado com Sueli, compartilharam uma jornada que os levou a residir nos Estados Unidos por 13 anos, onde Adauto expandiu seus horizontes acadêmicos. Sua formação foi notável: graduou-se em Física pela Bob Jones University em 1990, com minors em Matemática e Ciência da Computação, e obteve seu mestrado em Física pela Clemson University. Além disso, Adauto era um teólogo formado pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida, demonstrando sua busca constante pelo conhecimento em diversas áreas do saber.

Como pesquisador, Adauto deixou seu legado em instituições de renome como o Oak Ridge National Laboratory, nos Estados Unidos, onde liderou pesquisas em sistemas de imagem de estruturas atômicas e na área de nanotecnologia. Sua colaboração no Max Planck Institut für Strömungsforschung, na Alemanha, evidencia a dimensão internacional de seu trabalho, sobretudo na área de transferência de energia entre superfícies metálicas e gases.

Adauto não se restringiu ao âmbito acadêmico; sua paixão pela música cristã o inspirou a compor hinos que ressoam ainda hoje nas igrejas. Um exemplo notável de seu legado artístico é o hino Mão no Arado, gravado pelo grupo Logos.

Sua contribuição para a compreensão do criacionismo foi vasta, refletida em seus escritos, incluindo livros como Como Tudo Começou: Uma Introdução ao Criacionismo, Gênesis 1 e 2: A Mão de Deus na Criação, e Dez Mitos Sobre o Criacionismo, além do DVD Criação ou Evolução – Como Tudo Começou. O professor Adauto proferiu palestras inspiradoras em mais de 500 seminários ao redor do mundo, compartilhando seu conhecimento e sua fé com comunidades diversas.

Ao perder Adauto, o mundo não apenas se despediu de um cientista brilhante, mas de um verdadeiro visionário. Seu legado de sabedoria, fé e amor continuará a iluminar os corações e mentes daqueles que buscam compreender os mistérios da vida e do universo. Nossas mais sinceras condolências vão para sua esposa Sueli; suas três filhas, Quézia, Joyce e Sarah; seus dois netos; e toda sua família e amigos.

Que sua memória continue a inspirar e orientar aqueles que buscam a verdade, a beleza e a harmonia entre ciência e espiritualidade. Como afirmou João Paulo II, “a fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade”. Descanse em paz, querido Adauto; sua luz continuará a brilhar eternamente!

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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