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O dragão é presença constante nos templos e pagodas
O dragão é presença constante nos templos e pagodas| Foto:
Os locais de oração são extremamente adornados

O dragão é presença constante nos templos e pagodas

Hòa é magro, estatura que não chega a ser mediana, calça 36, talvez 37, e é extremamente simpático e conversador. Exatamente como a grande maioria dos vietnamitas. Difícil distinguir um de outro. Neste caso, a maior diferença é que Hòa fala um bom inglês, bem compreensível. Digo bom para um vietnamita. Com o tempo o viajante se acostuma com o forte sotaque e as palavras um pouco deturpadas na língua inglesa. A interação e as brincadeiras com os habitantes locais são aspectos dos mais divertidos e interessantes da expedição.

Apesar do forte sotaque, o inglês de Hoà é compreensível

Hoà é um vietnamita expansivo e conversador

Estávamos em um bote, Hòa e seu grupo de amigos e familiares, uma marroquina pequena e de quadril largo e eu. Uma mulher conduzia a embarcação. As mulheres remam, os homens saem atrás de algum dinheiro pelos arredores. As montanhas circundam a região, o sol é forte e a água, cristalina.

O complexo de Pagodas está a 70 km de Hanóis e mais uma hora de barco

As mulheres remam, os homens vão atrás de algum dinheiro

Algumas tumbas surgem entrecobertas pela água.

A água invade os túmulos quando o rio está cheio

Algumas tumbas estão ao longo do rio, quase cobertas pela água

A 70 km de Hanói e mais uma hora pelo rio, chegamos ao complexo de 14 Pagodas. Lugar de oração.

O rio é de água cristalina

É maravilhoso o trajeto até as Pagodas

Antes da caminhada, a primeira iguaria bizarra. Parecia um aquário com estranhas criaturas em imersão: ratos, gambás, cobras, corvo e outros bichos que não pude identificar. Licor muito especial, revela o jovem do restaurante. Opa, que tal provar? “Ainda não pode ser servido, fica maturando por três anos”, explica o rapaz.

 

O licor é muito apreciado e descansa por três anos, antes de ser servido

A bizarra iguaria com gambá, cobras, pequenos roedores e um corvo

Início da tarde, a marroquina motivada, cabelos entre o crespo e o liso, segue comigo, montanha acima, pelo calçamento de pedra. Amina é bióloga e trabalha em um laboratório. A densa vegetação cerca a área e sentimos os 30 C sobre as cabeças descobertas. No primeiro templo, em oração, o suor desce das mãos e alcança o solo, pingando desde os cotovelos. Camiseta encharcada. Os olhos sentem o sal do suor.

Os vietnamitas transformam o que desconhecemos em deliciosa comida. A Gai é retirada das árvores, secada e transformada em pequenas tortas escuras. Na subida, outra cena inusitada. Senhoras oferecem descanso pago à frente de grandes ventiladores. Se quiser, o andarilho, ensopado, senta e fica lá, relaxando.

Os vietnamitas transformam muitas folhas em alimento

A Gai é transformada em pequenas tortas escuras

Enfim, a primeira Pagoda, surpreendentemente localizada no interior de uma gruta. Dentre as várias crenças, os budistas pedem pelo sexo dos futuros filhos, conforme a posição escolhida para oração, à direita ou à esquerda do templo.

Aqui os vietnamitas oram até para pedir pelo sexo da criança

O templo está nas profundezas de uma gruta

O aroma de incenso se espalha em Thiên Trú, conhecida como “cozinha do céu”, por estar no vale, entre as montanhas. Conjunto de templos e monastério budista. O lugar é inspirador. O coração é preenchido enquanto o sorriso se alarga. Sim, comigo está Hòa e seu nome significa Paz.

O lugar é inspirador

Esta Pagoda é conhecida como “cozinha do céu”, por estar no vale, entre as montanhas

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