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Os barcos desenham sua própria imagem no oceano
Os barcos desenham sua própria imagem no oceano| Foto:
Viajar é experiência sensorial

Os barcos desenham sua própria imagem no oceano

O ano parou por alguns dias, antes de terminar, e a viagem foi transformada em uma experiência profundamente sensorial. Algo mais apurado do que normalmente vivemos em nossos cotidianos. Junto à natureza, em uma ilha pequena e isolada do litoral do Camboja, é possível perceber mais profundamente os sentidos os quais nem sempre valorizamos como deveríamos.

Uma jornada por lugares encantadores sempre é visual. Os barcos desenham seus próprios contornos na superfície da água e o céu muda de cor, talvez orientado pelos coqueiros que apontam para o alto. O oceano se aquieta para revelar enormes pedras redondas a dividir espaço com corais coloridos. O sol se despede ao mesmo tempo em que a lua, cheia, transforma a noite em um novo amanhecer.

Dia e noite é bonito de se ver

O sol se despede e a lua cheia dá início a uma nova linda etapa

Isso convida as pessoas a estarem abertas e provavelmente mais afetivas. Éramos uma dezena de pessoas, representando distintas regiões do planeta, à mesa para o jantar de Natal. Conosco estava Kaspar, originário da terra de Santa Claus, como um duende representante de Papai Noel.

Nada diferente da comida habitual do lugar: frutos do mar grelhados ou ao molho de côco, com a mais conceituada pimenta do mundo, originária de Kampot. Sim, experiência degustativa, não só pela comida, mas também por sentir durante todo o dia a água do mar na boca ou o sal dos campos de extração na ponta da língua.

E  que água salgada...

Dia todo com a água salgada na boca

A prática é tátil, ao esfregar a areia grossa com fragmentos de conchas nas mãos, sentir o sol a aquecer a pele e a água a refrescar o corpo. Ou o caminhar descalço por dias, com as pedras cutucando a planta dos pés. Alisar a madeira que dá forma às embarcações e sustenta os bangalôs, rústicos, apenas cobertura de palha com cama e tina de água..

Lugar acolhedor

Os bangalôs de madeira são acomodações rústicas

São relaxantes dias assim quando qualquer atividade simples pode se estender por horas sem deixar de ser prazerosa, embalada pelo aroma das plantas, o forte odor das algas ou o cheiro do vento. A vivência é auditiva quando estoura a pequena marola na praia, os pássaros pisam sobre os telhados e as crianças de almas livres explodem em saborosas gargalhadas.

Precisamos de pouco para viver

Nada além de uma cama, uma cobertura de palha e uma tina com água

Viajar é vida e cura a alma de qualquer mal. Aonde esta ilha se esconde será o meu pequeno segredo do caminho.

O por do sol é espetáculo diário no Camboja

Mais um dia feliz

 

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