O que seria da gente sem o delivery? Diante da pergunta de Natureza Morta, professor Afronsius foi obrigado a confessar:
– O caos, mas eu fui obrigado a dispensar tal serviço. Culpa do Schnaps.
E explicou: o pessoal que trabalha como motoboy é ótimo, demonstrando muita perícia e coragem para enfrentar o trânsito. Faça chuva ou faça sol. Mas, assinante de um jornal, observou uma paulatina mudança de humor de Schnaps. Schnaps vem a ser o seu cãozinho de estimação. Apesar do tamanho – quase uma baleia – e do peso.
Como é criado solto no quintal e no jardim, Schnaps passou a latir feito um endemoninhado pela manhã, momentos antes da passagem do motoboy.
Para elucidar o mistério de premonição canina, deu uma de Sherlock Holmes, ou, na versão brasileira, Berloque Xolmes.
– O eficiente motoboy, ou motobói, passava pela rua em velocidade e ia atirando as encomendas com uma pontaria incrível, sem parar. Depois, bastava ao morador ir ao jardim, quando quisesse, e apanhar os pacotes plásticos.
Ocorre que, conforme depoimento de um vizinho, de certa feita, quando do lançamento do embrulho, atingiu Schnaps. Na cabeça.
– Ainda bem que não era a edição de domingo. Volumosa.
Daí a bronca do cachorro, que passou a uivar cada vez que ouvia o barulho de uma moto que se aproximava.
De qualquer modo, professor Afronsius viu-se obrigado a concordar com Beronha:
– Esse motoboy, ou motobói, está na profissão errada. Daria um excelente cestinha na seleção brasileira – garantiu nosso anti-herói de plantão.
ENQUANTO ISSO…
-
Caminho do impeachment? 5 semelhanças e diferenças entre as brigas de Lula x Lira e Dilma x Cunha
-
Direita é maior que esquerda no Brasil, mas precisa se livrar do clientelismo
-
A crucial ajuda americana para a Ucrânia
-
Na Embrapa sindicalizada do governo Lula, agronegócio vira tabu e meritocracia perde espaço
Deixe sua opinião