Qual o tamanho da sua empresa?

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Dia desses fui surpreendido com essa pergunta proferida por um executivo bem sucedido e que viu a empresa dele chegar ao limite do crescimento. O empresário me convidou para uma conversa e disse: “Sinto que o meu negócio já está no tamanho que sempre desejei, do jeito que planejei. Porém, também sei que existe um grande espaço para crescer pois o cenário apresenta muitas oportunidades. Contudo, sei que não tenho a expertise suficiente para levantar voo. Encontre para mim um executivo que possa ajudar minha companhia nesta direção”.

Surpreendente não?

Ouvir isso de um executivo ao mesmo tempo que nos surpreende em um primeiro momento, também fala muito deste profissional e do seu êxito. A primeira característica evidente desta pessoa está na ‘Humildade’. Ou seja, mesmo com toda essa bagagem nas costas ele não titubeou em buscar auxílio em uma tarefa a qual ele não estaria preparado ou disposto a tocar.  Pessoas com esse senso tendem a ser melhores sucedidas. Essa é uma lição que todos nós como profissionais devemos observar em nós mesmos.

Esse executivo ainda, dá uma boa demonstração de ‘Desapego’ com sua atitude. Mesmo sendo o cabeça da organização, quem criou e planejou o negócio, ele tem a total consciência de que ele ‘Esta’ naquela posição e não exatamente ‘É’ aquela posição. Ou seja, a empresa não é ele. A empresa é um conjunto inserido em um determinado contexto. O aprendizado que ele nos oferece com isso é que cargos precisam ser executados com maestria, mas jamais incorporado a vida da pessoa, criando um ser que muitas vezes se intitula o ‘sabe tudo’. Ele deve ter a caneta, mas a tinta precisa ser calibrada pelo todo.

Muitas empresas pelo Brasil estão passando por isso neste exato momento. Então sabemos que humildade e o desapego são duas palavras que precisam ser levadas em consideração para quem deseja uma efetiva resposta.

Outras questões que envolvem a parte técnica para uma melhor assertividade na questão refere-se também ao planejamento destas companhias. Ou seja, se a empresa sabe para onde vai e quais são os seus ‘calos nos pés’ fica muito mais fácil de simular cenários.

A partir de um plano bem delineado é necessário ter uma gestão clara e de fácil manuseio. Mesmo em empresas de perfil familiar é possível fazer essa gestão eficaz. Dependendo da maturidade da organização isso pode mudar de geração para geração, mas o que não pode ser alterado, por exemplo é o peso da decisão de cada um dos sócios familiares. Está no peso a pedra fundamental. Se isso se partir em dezenas e mais dezenas de pedaços não haverá consenso e o negócio tende a se cansar e até mesmo estagnar ou não mais valer a pena.

Já para companhias fora deste contexto as decisões tendem a ser menos traumáticas porque não envolve o grau de parentesco. Para estas vale a máxima: nunca contrate alguém que você não possa ‘demitir’. O que quero dizer com isso é que as relações de trabalho precisam ser estritamente ‘profissionais’. Soa redundante, não é? Mas já vi muitas empresas pararem de crescer ou até afundarem porque determinado executivo se sentia ‘dono’ do cargo que ocupava e tinha um certo grau elevado de intimidade com a alta gestão, o que não é bom para o negócio.

Toda essa análise também vale para microempresas. Se não passaram por isso, com o aquecimento do mercado que deve chegar nos próximos anos, em algum momento isso deve fazer parte de suas demandas.

Para esse perfil de empresas sugiro ao empreendedor para que tenha pés firmes em seu negócio e avalie todas as alternativas, bem como todos os cenários. Alie se o ‘não ao crescimento’ significa ser engolido pela concorrência. Às vezes não!

Se a decisão for por ampliar os serviços, lembre-se que o impacto será financeiro, pessoal, físico, administrativo e até mesmo de gestão. Se na sua avaliação esse impacto em escala somar positivo, avance, se der empate ou menor, não vale o risco. Só faça essa movimentação para ganhos sejam eles periféricos ou financeiros. Fica a dica!